sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Natal


















Quando criança, jovem e até adulta, esperava o natal com muita alegria e muitas compras. Hoje...meus sentimentos se confundem. Ora com ansiedade da festa, ora com uma tristeza imensa.

Como uma "fita" de cinema, desenrolo o filme dos natais passados. La looonge, bem longe me vejo carregando minhas bonecas, arrumando minha casinha, meus brinquedos de menina.

Meus PAIS , minhas tias queridas, todos rindo, felizes, VIVOS.

Agora...olhando o passado, não tão distante assim, me vejo, errando também. Erros cometidos, por amor , por zelo. A liberdade sadia, com que fui criada com sucesso, o respeito, os valores morais, os princípios de honestidade, honradez e éticos, poderia a meu ver, serem aplicados com a mesma integridade. No entanto, os tempos e as pessoas mudam, e alguns erros são fatais, prejudicam e distorcem o caráter e a dignidade de alguém.

Nessa data de nascimento, de religiosidade, as alegrias transbordam e as tristezas também.

Desejo para todos, Feliz Natal, e um Ano Novo cheio de realizações.

Salve 2008

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

A inteligência dos burros




















Ela era inteligente, reconheço.

Esse rótulo entretanto, pesou forte em sua personalidade. Creio, no meu mais humilde conhecimento, que deveria ser um fardo, mostrar inteligência 24 horas .

"I remember very well".

Era bonita, falante, bastante alegre.

Ficar algumas horas ao seu lado era divertido, mas somente, algumas horas mesmo, no mais verdadeiro sentido da palavra. Com arrogância, e uma prepotência peculiar aos iguais,qualificava de burros, os simples mortais. Tornava-se, chata, cansativa e maçante. A comparação com doce de leite, que é muito gostoso, mas enjoa, caia como uma luva.

Casou, teve filhos, e netos.

Nada poderia ser mais importante no DNA dos rebentos do que a INTELIGÊNCIA. E assim, o efeito contrário se fez presente. Era doloroso para o clã carregar o fardo, ter de demonstrar raciocínio rápido e testes de esperteza, na mais simples operação rotineira.

Frustou-se, a saga não se cumpriu, para seu desespero.

Capacidade e realizações profissionais desconsiderava. Creio ... metendo novamente o bedelho, não conhecia o sentido nem o sabor dessas vitórias.

Essa história está sendo contada, por sentir a embriaguês dos que se julgam inteligentes , privilegiados, com QI acima da média. Com atitudes preconceituosas, menospreza os demais. Talvez por essa razão, qualifico e valorizo , o esforço, a persistência, a determinação.
É interessante lembrar, que um EGO gigante, pode virar chacota dos burros.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Outra vez






















Vou repetir... porque estou com saudades deles

Fotos do casamento em 05/06/1937
50 anos depois - Bodas de Ouro - 05/06/1987

domingo, 28 de outubro de 2007

Julia, Daniel e Victor


















































































Netos ???? netos...eu ??????
Uma mistura de sentimentos se confundem e se misturam, quando é chegada a hora.

Julia foi o nome dado àquela pessoinha, frágil, indefeza, linda que estava no meu colo.
Analisei. Parece com o papai...com a mamãe também... parece com a vovó... nãaaaaaaaao... não parece com ninguem.
Ela... é ela só... sua majestade ,o neném.
- Vovô, bu-pá. Dessa forma se referia a grande praça, em frente a nossa casa, e de lá, só saia chorando. Nos deu muitas alegrias. Passeios repletos de satisfações. Muito orgulho, da pessoa maravilhosa que está se tornando.
Eu a embalei muitas vezes cantando as músicas da "tchuuuurrma" da Jovem Guarda.
Que juuuudiação!!!???, né?????? Rogério o papai que o diga.
Estudiosa, hoje aos 15 anos, faz a 1ª série do Ensino Médio.
Desde pequena, tem com a tia Vivinha, uma cumplicidade e harmonia, que se completam.
Quando criança queria ser pediatra, agora, vai saber !!!!!?????
Seu Didi, Ricardo, bem que gostaria que fôsse arquiteta, quem sabe?????

Um turbilhão de medos, pela condição de saúde da Vivinha, angústia de não estar ao seu lado naquele momento, rezei aos Céus, para poder ao menos segurar a sua mão. Fisicamente não estive lá, contudo Deus ouviu as minhas preces. Colocou ao seu lado um médico, que surgiu do nada, não fazia parte da equipe, mas que por uma benção, acalmando-a e segurando firmemente a sua mão, ficou todo o tempo. Daniel veio para preencher as nossas vidas.
Nem sabia falar direito, compôs uma música para mim. Estávamos sentados no banco traseiro do carro de seu pai, começou a reger... entre arpejos e acordes:
Vovó... vovó... vovó, Vovóóóóóóó. Foi só risada, aqueles bracinhos tão pequenos em movimento. Só faltou a batuta.
Certa vez, vestido de borboleta em uma festa da escolinha, com pouco mais de 2 anos, a Vivinha embasbacada com a performance dele, falou:
_ Filho... como está lindo de borboleta!!!!
Com um olhar de indignação, retrucou sem pestanejar:
_ Borboleta não?????? Borboletoooooo!!!!! Eu sou massuuuuuu.
Adorava a capa de sanito preto que fizemos , eu e o vovô, não saia sem ela, até no shopping. Ele e sua capa, correndo, voando e batendo nas araras das loja. Um anjinho de nescau.
Em dezembro fará 15 anos. O tempo voa, mas não perdí um tiquinho sequer deste tempo precioso que passou.
Marketing ou cinema??????? sua dúvida futura.
O Ricardo, também seu Didi, torce por cinema.

O Victor, chegou quase juntinho com 1994, no dia 3 de janeiro.
Estávamos ainda curtindo a ressaca das festas.
Loirinho, um bebê muito bonito, a cara do pai , meu filho Rogério, mas ao mesmo tempo tão diferentes,
Estudioso, responsável, sempre foi elogiado pelos professores, por sua aplicação, disciplina e inteligência.
Um orgulho para todos. Bastante cauteloso, não se deixa dominar por impulsos ou precipitações.
Adora fazer "mãããããsssss"( massagem) na tia Vivinha. Nos divertimos muito jagando xadrez, mas...poucas vezes ganho, é criterioso, muito esperto e tem raciocínio rápido.
Charmoso, de óculos, parece um intelectual, para orgulho da tia Vivinha
Gosta de contar piadas, sabe um monte delas, e o faz com muito humor.
Creio que a Fisioterapia será sua profissão escolhida, mas...deixem as águas rolar.
O Ricardo, Didi por adoção, acredita que a escolha é bem adequada.
Meus netos, sim senhor!!!!?????

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Noite de cão. De cão???? nããão!!!! de pernilongo.



Fiquei pensando cá com meus botões, esses mosquitos estão de sacanagem, os engraçadinhos continuam fazendo arruaça nos meus ouvidos.
É uma verdadeira orquestra, uma sinfonia....


- Tuniiiiicoooo, pega o aerosol, (Flits, a minha sogra fala flitar os pernilongos) tira essas criaturas dos meus ouvidos!!!!!

Espirra, que espirra, que espirra, a lata e eu .

Se vão morrer eu não sei, creio que ficam até mais robustinhos, mas que vou ter uma alergia, ah....isso é certo.

Bem, agora podemos dormir, graças ao bom Deus.

ZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZzzzzzzzzzzzzzz
ZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZzzzzzzzzzzzzzz

Ó Senhor... são insetinhos, tão pequeninos, tão fraquinhos, tão indefesos... mas se tivesse um pescocinho, pulava com toda a minha força e energia, estrangulava-os.

Enquanto isso... o Tuniquinho, jogava os travesseiros para o teto, para os lados, para o chão, parecia um atormentado, batendo em um fantasma. Assistiram "Os outros" pois é??!!

-Tuniiiiiicooooo, liga o ar!!!! no máximo, vamos matá-los congelado!!!! Ai que delíííícia, vamos dormir.

brbrbrbrbrbrbrbrbrbbbbbbbbbbrrrrrrrrrrrrr

Pai do céu... que friiiiooo!!!!!!...que friiiiiiooooo!!!!!

_ Tuniiiiiicoooooo, desse jeito nós vamos morrer congelados, pega o edredom, vamos cobrir até a cabeça.

Tunico...lançou um olhar diferente para mim, não entendí nem um pouquinho, por que será??? néééééée´????!!!! Foi para a sala de televisão, assistir sabe lá o quê, e me deixou.

Inacreditável, a mosquitaiada também !!!!!

Virei de bruços, e dormiiiiiiiii, tranquilamente!!!!!!!!!!

Boa noite ... bons sonhos.

Corrente da amizade

O objetivo dessa corrente é estreitar os laços que unem os blogueiros que compartilham conhecimentos, artes, idéias, experiencias, amizade, etc e tal.
A Corrente da Amizade, não tem selo e não tem prêmios, é apenas uma declaração de amizade da parte de quem a oferece.
Recebi da Rosamaria e fiquei muito feliz. Amigos a gente escolhe e eu tive o prazer de ser escolhida por ela.
Obrigada Rosamaria.

( copiei o enunciado por se tratar de uma corrente)

Aos meus 10 escolhidos, infelizmente são só 10, peço que, se tiverem a fim, escolham os seus e passem essa corrente a diante:


Minha indicação:

Vivinha - A casa da mãe Joana
Cleise - Kamicleta
Carol - Sanatorinho
Lord - Lord Broken Pottery
Adriana - Wonderfullife
Alena - A vida em palavras
Claudia Lira - É a mãe
Jayme- Dito assim parece à toa
Arnaldo - Baú de tranqueiras
Thelma- Simplificando

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Du Moscovis


Assistí a peça "Por uma vida um pouco menos ordinária".

No início, o Toninho e eu, pensamos... fizemos besteira, iiiiisso vai ser osso duro de roer.

Contudo, assim que aquele monstro sagrado maravilhoso saiu do Olimpo, emergiu das profundezas, a coisa mudou.

O tema foi se delineando, tomando forma.

A peça, como o próprio título diz, é baseada no sub-mundo. Um casal de irmãos, um policial, consumo de drogas, drogas, muitas drogas. Uma "deprê" gigante, fundo do poço mesmo.

E aquele monumento, morre de overdose.

No dia seguinte, fomos comemorar o aniversário da Leila, minha amiga da Arquitec, na Romano, à tarde . Quando cheguei, só a Dani com a mãe tinham chegado.

A Dani, falou cá ao pé do ouvido, "o Du Moscovis e a artista da peça estão aqui." Claro que eu não poderia passar em brancas nuvens:

_ Parabéns Du ( íntima) assistí a sua peça, e adorei ( mentí um pouquinho, só um pouquinho), Voces estavam ótimos, parabéns. Os meus 60 e poucos, me permitem essa liberdade, que bom, néééé???? Sei não!!!????Será???? Mas...enquanto pensam, fiz o meu social.

A Dani, como boa loira que se preza não fotografou????pooode???

A Vivinha falou:
_ Mãe, deixou aquele SER DIVINO comendo pãozinho????? Tem que postar esse acontecimento.

Parabéns Leila, pelo aniversário, foi uma tarde gostosa, e purdemaaaiiiis proveitosa, que passamos juntas.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Baaailaaa...coomiiiigo!!!!!



Faz mais de 40 anos....huuumm!!!! que saudades!!!!!!!

Estava pronta, vestido azul marinho, leve, solto, discreto mas sensual, sapato salto finíssimo Luiz XV, pulseiras e brincos, completava um visual sofisticado. Ansiosa, aguardava o momento para irmos ao baile em Osasco, cidade que morei por volta de 1964.

Chegamos. Meu irmão e eu nos acomodamos, papai impôs algumas regras, seguidas direitiiiiinho, mas... olhei aos quatro cantos , a procura de alguém. Para minha alegria, lá estava ele como sempre, a minha espera também.

Feliz ao me ver, veio ao meu encontro.

Gil, não era o modelo atlético cultuado pelas mocinhas da época. Gordinho, rosto arredondado e bonito , sorridente, desfilava um charme irresistível. Dançava como ninguém, uma leveza sem igual.

O salão estava repleto quando começamos a dançar, foi magnífico, deslizávamos como se estivéssemos a sós. Aos poucos os pares foram se afastando, formando uma roda, quando percebemos... estávamos no centro dela. O fato não nos inibiu, ao contrário, nos fez sentir Fred Astaire e Ginger Rogers. Uma onda de magia cobriu aquele suave momento prazeroso, jovial e alegre.

Eramos apenas amigos , jamais namoramos, mas como par constante, em todos os círculos dançantes, ficávamos de mãos dadas, ao terminar uma seleção musical, para afastar prováveis aventureiros.

A dança é até hoje, para mim, um bem precioso.

sábado, 29 de setembro de 2007

Certificado















Obrigado Rosamaria por presentear-me desta forma, é uma honra para mim.
Vou tentar corresponder.

Este selo pode ser repassado para 5 ou mais blogs.

Minha indicação:

Vivinha - A casa da mãe Joana

Cleise - Kamicleta

Carol - Sanatorinho

Lord - Lord Broken Pottery

Adriana - Wonderfullife

terça-feira, 25 de setembro de 2007

O casamento do Ianinho















Queridos!!!!! Cheguei!!!!!!!

O Rio de Janeiro continuuuua lindo!!!! Búzios e Cabo Frio aaaaaquele abraço!!!!

Voltei revigorada depois de passar uma semana no Orla 500.

Fui ao Rio para uma missão muito especial O CASAMENTO DO IANINHO. Leandro, que jamais deixará de ser Ianinho para mim, casou.

Sorriso eterno nos lábios, lindo, vozeirão de gente grande, pluminhas de cabelos ao vento, bracinhos abertos, corria ao meu encontro, quando eu gritava _ Ianinho da Dinha suuua!!!! Ser sua madrinha de batismo foi uma dádiva , uma benção que Deus, e os pais, João Luiz meu irmão, e Sandra minha cunhada, me proporcionaram.

Carinhoso e carismático foi de uma importância inigualável para os meus pais, seus avós, que no meinho deles coçando a orelha de um e do outro, dormia tranquilamente. Eles o amavam demais, e foram presenteados com momentos inesquecíveis.

Hoje homem feito, responsável, integro, marido, traz ainda a carinha dócil, meiga e feliz da infância.

O casamento vai ser uma histórias diferente, peculiar, para os filhos e netos, por ter sido quase prejudicado por um blecaute na igreja. Resolvido o problema, tudo foi maravilhoso, nada ofuscou o brilho, a festa belíssima, e a alegria rolou solta.

Participei da cerimônia ao ser escolhida por ele, e apresentada pelo padre como uma pessoa especial em sua vida, para fazer a 1ª leitura. Quaaase que não sai, a emoção tomou conta, vendo alí à minha frente , casando... o meu Ianinho e Camila, pequenininha, a mulher que irá preencher o seu caminho.

Rogo a Deus para que a felicidade, paz, harmonia, sucesso, sejam uma constante em suas vidas.

Que ELE os abençõem.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

7 por acaso














O desafio foi lançado. Listar 7 acasos ao longo da vida.

OK, Ricardo Ramos - Lord Broken Pottery - vou tentar:

1- por acaso o meu nome é Maria Helena porque na época mamãe ouvia no rádio a novela "O direito de nascer".

2-por acaso visitando o cinema do palácio da Alvorada, logo após a renúncia do Jânio, ao sentar-me em uma das poltronas, a pessoa que nos acompanhou disse que aquela era a favorita dele. Falei então:
- Deve ter por perto uma geladeirinha, pensando nas biritas, claro.
Acertei, tinha uma, embutida na parede ao lado.

3-por acaso meu pai paulista, minha mãe carioca, entre os filhos, quatro paulistas e quatro cariocas, total cinco a cinco (sempre foi uma guerra e tanto).

4- por acaso tenho SETE irmãos, e eu única mulher.

5-por acaso blogueira por absoluta persistencia(oh! teclado, acentuuua!!!) da Vivinha

6- por acaso meus tres filhos nasceram sábado, e por acaso sábado sempre foi o meu dia predileto.

7-por acaso, em 1994, passei em um concurso em São Paulo, vaga disputadíssima, para Assistente Técnico de Direção, para uma Escola Técnica do Centro Paula Souza.
(A Vivinha diz , que não foi por acaso, foi competencia)

"Minha vida é um mar de rosas, com todos os espinhos afiados do seu sensível caule"

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Civismo















Lá... na minha infância e adolescência, lembro-me bem que as datas cívicas eram comemoradas à rigor, com desfiles, apresentações de alunos e professores, uma festa. Certa vez , a filha do professor de desenho e eu, fomos escolhidas para desfilar no carro alegórico (único) com o Brazão do Ginásio, uma honra. O peito inflava de tanta vaidade e amor pela pátria.

A fanfarra composta pelos belos garotões, aquele lá das balas chitas e meu irmão Antonio Carlos também, no seu repique, e toque do "piston", próprio, único, peculiar, enchia-nos de admiração.

Fazíamos parte de todos os eventos da cidade, meu irmão, minha prima Regina Célia, eu e a mesma galera de sempre.

O civismo, matéria de Educação Moral e Cívica, era exercido de várias formas. O respeito pelos símbolos, Bandeira e Hino beirava ao exagero, mas com esse espírito cívico cresci e até hoje as emoções tomam conta . Canto a introdução do Hino Nacional e orgulho-me disso.
Pequenino mas com um voseirão de tenor, seu Adamastor diretor do Grupo Escolar, nos deu exemplo, deixou sua marca com categoria e grandeza, desde a nossa infância.

O tempo correu.
Adulta, percebí os descasos, a fome, as crises, o golpe, os fardados, o desemprego, os cruzeiros , os cruzados, os reais, e uma sequencia (teclado tinhoso acentua quando quer) de fatos prejudiciais ao meu amôr pela pátria.

Houve momentos, em que tentada pelo desânimo, esse amor confesso foi abalado, mas não pretendo enveredar por esse caminho.

O país precisa de seriedade, credibilidade, lisura, transparência e governabilidade. Em nome desse civismo citado , apelo às forças quaisquer que sejam, que despertem esse amor que ja foi sentido um dia, que resgatem os valores cívicos e os façam crescerem no coração do povo brasileiro.

O meu interesse é tão somente registrar o "AMOR À PATRIA", fora de moda atualmente.

sábado, 25 de agosto de 2007

O comboio















(da esquerda para a direita, Rogério, meu filho, Mario Jorge, eu, João Luiz, Antonio Carlos, dono do churrasco e Paulo Roberto - quatro dos meus sete irmãos)
O José Carlos (não aparece na foto) meu irmão mais velho e família,também estavam no comboio.


Era um desses feriados prolongados e todos viriam à Campinas, minha mãe, meus irmãos, cunhadas, sobrinhos, filhos de sobrinhos e agregados.

O comboio chegou por volta de 11 horas, eufóricos, todos queriam contar em uníssono a viagem.

Em seguida fomos à casa do meu irmão que mora tambem em Campinas, para um churrasco, e continuação do assunto que parecia não ter fim.

Nessa roda composta de velhos, mais ou menos velhos, coroas, jovens , crianças de todas as idades, só a madrugada separou.

Serra Negra seria a próxima pedida, com o comboio ainda maior, pegamos a estrada.

Pedreira não estava no roteiro, não iríamos parar lá, mas ao ver todas aquelas lojas, passando...passando...passando... não resistí e gritei :

_Parem quero deeeeescer???!!!!! OOOOlheeem as loooojas . Em vão, ninguem me ouviu, ou melhor os homens não me ouviram. Eu com um olhar parado deixando para trás aquela imagen dos Deuses, futuquei a galera e ... no dia seguinte... ó nóis em Pedreira.

Serra Negra como sempre festiva, completou o nosso clima . Um bar da praça seria o ponto de encontro, mamãe comeria o seu pastel predileto, e nós revezaríamos em grupos para não deixá-la só.

Fomos às compras, jamais me divertí tanto, aquela rua compriiiida se transformou em um mar de nós mesmos, cada encontro era uma festa. Passando por uma loja , ví a Vivinha atolada nas bolsas, só o pescocinho de fora, entrei e mergulhei tambem. Andando de trenzinho tomando sorvete, meus irmãos deixaram para trás, os cabelos brancos, as responsabilidades das empresas e cargos importantes no Rio de Janeiro.
Compramos taaaanta bugigangas, comemos de tudo e só deixamos a cidade ao escurecer.

Serra Negra também ficou marcada em nossa história, assim como Cabo Frio, Búzios, mais isso falarei depois.

O olhar cheio de orgulho de minha mãe, com a família sempre unida, é uma lembrança muito feliz.

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Onde está Anésia


Anésia chegou.
Mulata escura, sorridente, escabriada, perfil tanajura típico, chegou para ficar. Era alegre, ria de tudo, ou melhor gargalhava por nada.

Apesar de adulta falava errado feito criança, agia como tal, e o retardo mental já tinha sido diagnosticado, era notório o desequilibrio.

Desengonçada, as vezes arredia, mas... gostava de mim e eu dela.

Sem ter nenhuma habilidade de cabelereira, sem experiência na área, nos meus parcos 19 anos, praticava nas carapinhas dela, os mais variados estilos. Cortava, alisava, enrolava com bobs gigantes, e ela com aquela extrema alegria, esbanjando felicidade e sempre rindo, com sua linguagem infantil, dizia:

_ Heh...heh, Ai... ai, Miena... meu cabeio tá vuaaando!!!!!!

Essa frase e outras engraçadas, são sempre lembradas com muito humor pela família, Por mais que eu esticasse aqueles fios enroladinhos, nem um se mexia, nem um vendaval teria sucesso.

Adorava cuidar dela. Nas tardes preguiçosas de domingo, eu a preparava com brincos enormes, que comprava de baciada nos camelôs, lábios vermelhos, ela se achava sedutora. Na esperança de encontrar o seu príncipe negro se plantava no portão, feliz, cantando, a espera de... ninguém.

Um dia seguiu seu destino, voltou para Varginha.

"Néeeesia onde tá tu"

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Prêmio

Schmooze
Definition: schmooze
*
Cambridge Advanced Learner's Dictionary*verb [I] INFORMAL to talk informally with someone, especially in a way that is not sincere or to gain some advantage for yourself:He spent the entire evening schmoozing with the senator.*The American Heritage® Dictionary of the English Language
*
INTRANSITIVE VERB:SlangTo converse casually, especially in order to gain an advantage or make a social connection.
*
Confesso que não conhecia o significado da palavra schmooze. Recebi, com o orgulho de sempre, a indicação da minha amiga virtual, Adriana, ficando muito honrado com o carinho.Acredito que a acepção que quiseram dar é mais afeita ao sentido americano, o de manter uma conexão social. Cito as palavras escritas no blog que indico acima, para explicar o prêmio, cujo selo afixo aí em cima, à direita.
*
Este selo fala da relação de bem-estar entre os blogueiros, dos sentimentos bons que se afloram em cada palavra escrita e lida. Aqui se faz amizades que podem ser verdadeiras tão ou mais que uma que se faça pessoalmente... sentimentos sinceros, afeto, carinho... somos uma BolgFamília e sentimos quando algo acontece, pois acompanhamos de perto! Faz valer a pena ser verdadeiro com o próximo, aquele que se faz presente... pois só temos a ganhar...

Passo então, imediatamente, a indicar os blogs amigos, segundo esse critério:

Arnaldo: Baú de Tranqueira

Jayme: Dito assim parece à toa

Cleise Hellen: Kamicleta

Rosamaria : Rosa 147

Vivinha : A Casa da Mãe Joana



P.S. Adriana fiquei feliz e honrada com a sua indicação, obrigado.

quarta-feira, 25 de julho de 2007

O blog













Essa máquina preciosa futurista, pouco ou quase nada eu a usava, praticamente só no curso de design, nas aulas de informática com programas específicos da área.
O grande medo era me tornar presa dela, uma vez que bem sei dos seus fascínios, embora conheça o meu equilíbrio quanto aos vícios.

A minha maior incentivadora foi a Vivinha, já blogueira há alguns anos, criou uma janela para um mundo encantado que eu não conhecia. Debrucei de corpo e alma nesta visão mágica.

Os blogs que leio sempre somam alguma coisa, quer no campo físico, sentimental ou moral, o ensinar e o aprender se misturam, tornando um convívio interessante e gostoso. Estou longe de pretensões literárias, mas colado à alma que trás à tona momentos de uma vida feliz.

Os comentários me conduzem a uma interação com pessoas que mesmo sem conhecê-las, me sinto amiga, rio ou choro com elas. Plagiando o rei " eu estou aqui, vivendo este momento liiiindo".

Desta forma quero publicamente agradecer à minha filha, pelo espaço, pelo carinho, o conhecimento do meu interior e sabedora das minhas necessidades.

Foi assim com o piano é assim com o blog, um presente.





Fatos e Foto














Enrolada bem quentinha, deixei o frio castigar lá fora.
O domingo nublado não favorecia à visitas e passeios, resolví cumpri-lo pensando em algo que mais aprecio fazer "REFORMA".

Sabe aquele brinquedo de montar casinha, estação, castelo que parece dominó??? Adorava quando criança.

Meus pensamentos voaram, quebrei parede aqui, coloquei parede alí, e nesse balé de idéias torcí até o telhado, e daí... à pratica foi um pulo.

Ficou bonito , aconchegante, ousado, nossa casa cresceu um pouco mais, embora eu a considere ainda pequena, todos gostamos.

Tenho o aval do Toninho para brincar a vontade, entretanto quando fico pensativa... olhando para alguma parede a família inteira grita:

_ Coooorre... gente, ela está pensando, desliga da tomada, coooorre...


E é preciso desligar mesmo senão ...ah!!! lá vai outra parede na "chom".

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Aos meus filhos



































Sábado... um dia qualquer para muitos, não para mim, a preferência desde menina, era clara, visível.

A chegada dele me deixava alegre, vaidosa, tolerante e até mais humana. Só fui ter a resposta para tanto amor por um dia da semana com a chegada dos meus três filhos. Nasceram sábado.

A Vivinha numa bela manhã de sábado em São Paulo 01 de junho de 1968, veio para preencher nossas vidas, e o fez com primor. Daniel, seu filho, completou nossa felicidade.

Hoje quando faço qualquer asneira, feito essa de assistir Fábio Jr., ela diz:

_ Trocaram... o seu filho era o Hiroshi - , referindo-se a um bebê japonês gorduchinho que vinha ao seu lado enroladinho, pelos corredores da maternidade.

O Rogério numa manhã de sábado em um mês por si só festivo, em São Paulo 06 de dezembro de 1969.
Por nascer com um defeito congênito (pés tortos) , nos deu um enorme susto, mas graças a Deus , a Nossa Senhora Conceição, ao Dr. Walter Maia (hoje famoso), minha mãe, minhas tias, tio Nenê, ao meu primo Carlinhos, meus irmãos , e à ciência, hoje está completamente perfeito e lindo. É o meu filhão, e nos presenteou com a Julia e o Victor.

O Ricardo chegou de mansinho, sem correria, quase sem dor, ante véspera de Natal, também sábado, pela manhã, de 23 de dezembro de 1972, em Americana-SP. Bem instalada nessa cidade que tenho verdadeiro apreço, sem os medos da inexperiência, brinquei de casinha. Hoje nossas profissões se interligam: ele arquiteto, eu design de interiores. É o meu Júnior, como diz a Vivinha.

Eles são o verdadeiro sentido da minha vida.

Quanto aos netos????? Ah...isso é uma outra história


quarta-feira, 18 de julho de 2007

Da alegria ao chôro



O Brasil viveu nessa terça-feira dourada, momentos de alegria com a meninada fazendo bonito, ganhando medalhas nos Jogos Pan Americano.

Porém ao cair da noite, a alegria tão festejada, deu lugar a uma tristeza imensa, uma dor que cobriu o país de luto, com o acidente da TAM.

Rogo a Deus, que proteja, console e abençõe os familiares das vítimas.

São Paulo deseja:

  • Que seja feita uma investigação séria,
  • que os verdadeiros culpados sejam punidos,
  • que seja construido um outro aeroporto, já que Viracopos também não resolve,
  • que o prefeito trabalhe com resultados comprobatórios,
  • que o Serra como governador do estado, saia do seu esconderijo, apareça e compareça,
  • que o Serra que quer ser presidente, saiba administrar o estado, pois foi eleito para isto,
  • que Deus nos proteja.

domingo, 15 de julho de 2007

40 anos depois...














A trilha árdua, acidentada, com graus de dificuldades acima do permitido e simultâneamente com paisagens floridas, com vistas agradáves, foi se apresentando no caminhar das nossas vidas.

As alegrias, as emoções fortes, os momentos felizes sempre seguraram o barco a deriva quando a tempestade se instalava, e até hoje são o alicerce do nosso casamento.

Foram 40 anos de:

amor e desamor,

risos e lágrimas,

encantos e desencantos,

felicidade e dor,

calmos e turbulentos,

mas com uma certeza... não sabemos viver um sem o outro.

quinta-feira, 12 de julho de 2007

O dia "D"




O dia amanheceu ensolarado, bonito, brilhante, numa bela sexta-feira de janeiro.

Cantarolando, desci as escadas .

O movimento na cozinha continuava ( será que dormiram?) a todo vapor, minha mãe, minhas tias, um monte delas, e algumas primas se acotovelava para preparar o buffet todo feito em casa.
Passei descansando e monstrando minha nova casa aos convidados que chegavam de todos os cantos .Tudo estava perfeito, os móveis, as cortinas, os tapetes, abajours, comprados na rua da Consolação em São Paulo. Eu não cansava de admirar minha casa de verdade.

Jamais tinha visto Osasco tão encantadora, parecia desabrochado naquele dia. Os vizinhos, amigos, hospedaram cordialmente meus familiares e realizaram uma distribuição prá lá de interessante, fulano pra cá, sicrano pra lá, época que podíamos contar com a generosidade das pessoas.

A noiva precisava se preparar, e isso era tarefa para as tias Lourdes e Nancy, e assim cheia de mimos fiquei a postos, plantada na sala até que minha mãe decidisse liberar a passagem.

A família lotou a igreja, e se não fosse a cancela fechada com um trem fazendo manobras ( o raio do trem ia e voltava tantas vezes quantas eu o blasfemava) teria entrado pontualmente às 18 horas.

Tudo correu maravilhosamente comum a todos os casamentos, corredor compriiiido, tapete vermelho, bancos e altar floridos, padre falando e rezendo o de sempre, somente a gravação em um disco de vinil foi o grande diferencial à época.

O casamento civil foi em minha casa depois do religioso, e aí ... São Pedro resolveu me batizar, choveu muiiiiito. Comemoramos também o aniversário da minha querida tia Lourdes.

A festa rolou legal .

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Era uma vez... uma família feliz













Minha família é muito grande, sou a terceira, com sete irmãos barbados. Não é preciso nem dizer o quanto paparicada eu fui, pelos meus pais,

minhas tias ,tios, primos e pelos meus irmãos sou até hoje.

A grande alegria dos meus pais, era a união familiar, e assim, grandes festas aconteceram, com filhos, noras, genro ( só o Toninho, meu marido), uma baciada de netos e até bisnetos.

Reuníamos habitualmente aos domingos, e em um desses, resolvemos fazer uma festa Junina, assim...de improviso.

Mamãe foi logo fuçando seu baú, tirando as tranqueiras que poderiam servir na organização do evento. Apareceu um vestido de noiva, que serviu para a minha cunhada como uma luva., até um penico ( da onde surgiu aquilo ???) para o coroinha benzer os convidados. O buquê era um antúrio muito vermelho de plástico e a biblia, a lista telefônica.

O Toninho foi escolhido por unanimidade para ser o padre, e não decepcionou, estava demais.

Com uma cartolina cortada de colarinho, com a bíblia nas mãos ele que habitualmente já era espirituoso, estava com a corda toda e se superou. Passamos a noite rindo daquele sotaque alemão do padre, que só ele é capaz de fazer.

_Quem não tem sapatiiinhas brrrraaanncas...

Depois do casamento, a festa.

A quadrilha tinha todas as idades, "os mais de oitenta" da tia Lourdes, até os" quase um" da Cristiane. Todos marcavam, e eu tentava tocar o Feijão Queimado no acordeon.

Éramos felizes e sabíamos.


Infelizmente não temos fotos desta festa, mas a usada foi do casamento de um sobrinho.

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Eu só queria entender...






Eu só queria entender...

A imprensa falada e escrita, com todo o interesse que lhe é peculiar, na maioria das vezes amplia de forma irresponsável um determinado assunto, e o leva até a exaustão.


Recordando o caso mensalão, eu não aguentava mais ouvir falar em Marcos Valério, todos os dias as mesmas coisas, não se acrescentava nada, mas...Marcos Valério aparecia de manhã, tarde, noite, nos jornais, na televisão, nas revistas, sem novidade nenhuma, mas lá estava ele e sua careca.

Eu só queria entender...

Pensando cá com os meus botões, desde quando essa prática existe, porque o Roberto Jefferson resolveu falar??? Pagaram pouco para ele??? Queria mais e não deram????
Outros episódios envolvendo corrupção de lá para cá não pararam mais, e a midia nos levando ao esgotamento, e ao ridículo, agora só dá Renan Calheiros, agueeeeenta...

Eu só queria entender...


Os votos comprados por FHC para se reeleger, era mensalão???, será que o Bob Jefferson recebeu???o Caso das Ilhas Caymã", a imprensa pouco falou sobre esses assuntos, compra de votos???... Quem??? "Escurrulim escuntim", e outros exemplos que não vou relatar aqui para não encher o saco do povo.
O que se quer passar para a população, esses formadores de opinião, é que nunca se viu tanta corrupção. Tolinhos...vem de longe, de longa data, e também não tão distante assim.


Acredito que agora a Polícia Federal, até que provem o contrários, tenta agir com mais rigor, é pagar para ver. Plagiando alguém "Dignidade já!!"

Eu só queria entender...

O Arnaldo Jabour, quando se trata de política, escancara, parece que é algum caso pessoal, não é do governo Lula que não gosta, mas sim do Lula. O desatino é tão grande, que em uma de suas crônicas coloca que está ansioso por uma crise. Criiiiise??? de novo nãããoo, passei a minha vida toda ouvindo isso,"desconjuro, beijo a cruz três vezes"

domingo, 17 de junho de 2007

As balas "chita"





O cinema era um dos passeios sagrados para as quintas-feiras, sábados e domingos. O que fazia a diferença não eram os filmes, mas o desfile de modas, a paquera, o namoro, davam um colorido e um brilho especial nesses dias.


Ao bater do gongo para iniciar a sessão, os namorados procuravam suas poltronas previamente guardadas pelas namoradas e se acomodavam, era um ritual de gerações.

Em um desses dias coloridos, com o coraçãozinho transbordando de felicidade, guardei um lugar para ele.

O gongo bateu três vezes, nada, olhei para trás, não o vi. Com um nó na garganta, a minha vontade era correr dalí, fugir para o meu quarto, me trancar dentro de mim mesma, mas... ...esperei.

Quando o filme começou - um épico muito apreciado na época - "Salomão e a rainha de Sabá"- e eu não mais o esperava, devagarinho ele chegou.

O meu coração doía, estava ali sentado ao meu lado, lindo, com um sorriso encantador, parecia sonho. Colocou no meu colo, "quilos" de balas chitas que eu adorava, balbuciou alguma coisa tentando justificar o atraso,mas ... não era mais necessário.

Nessa época pegar na mão era o máximo que se podia permitir, e era uma cruzada.

Colocar displicentimente a mão no braço da poltrona, passar por todos os dedinhos até chegar a mão de fato, rendia quase o filme.

Estavamos nesse episódio, quando tia Nadir passou pelo corredor, num pavor
instântaneo rapidamente soltamos as mão. Ela olhou, parou e ... se viu?? Jamais soube.

Santo Deus, tínhamos que começar tudo de novo, dedo de mindinho, seu vizinho, pai de todos, fura bolo, mata piolho...


as luzes acenderam, o filme acabou. O que aconteceu com a rainha de Sabá, sei lá!!!!

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Tomates suculentos



Ganhei um delicioso e nutritivo tomate da minha filha. Adorei


Não bastou o incentivo dela para criar o meu blog, premiou também.


Serve em agradecimento uma série de "mãããnnnsss".


Beleza!!!


O piano foi um dos presentes mais significativo e importante que já ganhei em


toda a minha vida, uma terapia que me conforta, trabalha a minha mente,


ocupa o meu tempo de forma serena.


Agora o blog, voce é única, tem cada sacada!!!


Atenção blogueiros, tomates suculentos para :


Daniel; Claudia Lyra, Jayme, Adriana, Thelma.





terça-feira, 5 de junho de 2007

A farra na fonte









Era uma manhã gostosa como tantas outras, de uniforme, fichário, livro de Osvaldo Sangiorgi (excelente matemático) nas mãos, cabelo amarrado com rabo de cavalo, segui para o ginásio. Era prova oral de matemática. A tortura generalizada.
Ao entrar na sala arrepiei, a mesa examinadora estava completa, composta dos mesmos, sempre eles e elas. Senti até a presença do próprio Osvaldo Sangiogi, que parecia estar alí também, rindo da minha cara, eu o detestei por anos
A professora, elegante, sempre muita segura de si, ofereceu aquele maldito saquinho com as vísporas, para sortear a matéria. Eu que já era pequena, sentada diante daquelas feras ( literalmente) ficava pequeniniiiinha ( areia da grossa, areia da fina...), quase sumia.
Com as mãos trêmulas, sorteei o ponto, era... pouco me importava, poderia ser qualquer um, naquela situação de desespero e stress, não ia saber mesmo?? Fiz algumas tentativas para responder as questões, mas estava impedida de pensar. Quase surtei.
Para surpresa de todos, lancei um olhar de desdém , acredito até que dobrei de tamanho, levantei e saí.
Fiquei para a 2ª época.
Ao retornar para casa, com os colegas, disse em voz alta:_Se eu passar na 2ª época me jogo na fonte. Registraram...
Fevereiro chegou, estava bastante confiante na minha aprovação .
Os colegas, através dos pais, avós, sei lá de que forma, conseguiram saber o resultado antes mesmo de mim. Era um fato, havia passado para a 3ª série ginasial.
No domingo seguinte, como era de costume, fomos (a tchuuurma e eu) ao cinema , passamos pela sorveteria Branca de Neve, para saborear o delicioso 4° centenário que o Carlos preparava com capricho para mim, depois seguimos para o footing no jardim.
Estávamos todos passeando, curtindo, paquerando, quando o Candinho e o Alvaro, amigos eternos, gentilmente me conduziram até...... tchibum, fui  parar dentro da fonte, mergulhei com o meu sapatinho de salto alto, e toda embonecada de domingo. Era só o começo de uma farra completa, por horas, com todos dentro da fonte.
No dia seguinte: 
ZYH7 Rádio Presidente Venceslau, (soou a voz inconfundível do Pedro)
_ Esses estudantes, arruaceiros, que fazem estragos, que ...???!!!
Fomos tomar satisfações (rsrsrs), falar com ele: _ Como???!!!???? O que significa isso???!!!
O locutor que também já havia passado pelos bancos do ginásio, não fazia lá muito tempo, reconheceu que pegou pesado, colocou no ar uma notinha limpando a nossa barra.
Foi uma noite inesquecível.





segunda-feira, 4 de junho de 2007

Fazenda Jambeiro






Vou dar uma trégua no meu diário, para falar sobre um exemplo de abandono.
Lendo as notícias do dia em um jornal aqui de Campinas, fiquei bastante triste com uma matéria, sobre uma fazenda da região. A Fazenda Jambeiro.
Segundo o jornal, o casarão foi construído em 1897 por Ramos de Azevedo, tinha dois andares, seis dormitórios, dois quartos de banho , duas grandes varandas decoradas com azulejo português, requinte da elite campineira, até o imperador D.Pedro II, foi um hóspede da fazenda.
Lendo isso, comecei a dar forma, movimento, cor, ação e só faltou o... gravaaaando...tentando reconstruir a imponente residência, na plenitude de seus dias de glória . Faço sempre isso quando me deparo com construções decadentes, a exemplo do filme TITANIC.
Em cena:
Que linda fazenda!! Que sofisticação!! Símbolo do glamour da época, vejo-os todos, lindos, sorridentes, cumprindo as tarefas domésticas. Na sala o requinte na beleza das rendas , dos babados, na cozinha, as compotas dos doces em potes de cristais dão água na boca, nas grandes gamelas os legumes colhidos da horta,a fartura presente no grande fogão à lenha.
Porém a minha imaginação passeia somente pela casa sede, pela capela, pelos jardins, não caminha até a senzala. Essa, deixo-a como um quadro, sem colorido em preto e branco.
A prefeitura de Campinas não pode e não deve deixar às ruínas, um patrimônio histórico desse porte.




sexta-feira, 1 de junho de 2007

ASMEC ( diário )






Terminei o curso colegial clássico antes do meu casamento, e o Normal , curso colegial também, já mãe da Vivinha e do Rogério. A Faculdade, inicialmente Letras no Rio de Janeiro parei no 2° ano, depois de longa data, reiniciei os estudos para cursar Pedagogia em outro estado, e é desta Faculdade que eu quero falar.
Foram anos de luta , determinação e coragem, porque ora o desânimo, ora o cansaço, tomavam conta de mim. O Trabalho em uma escola, durante 8 horas diárias , os filhos na adolecência, e a casa, com a neura da organização, me consumiam. Uma apatia pachorrenta "vira e mexe" se instalava, e eu graças aos Céus e ao grande desejo de concluir o 3° grau foram mais fortes e resistiram.
Falar sobre ASMEC, não é assim tão simples, é por excelência excêntrica, singular, uma mistura de desorganização organizada, de sistema retrógrado mas com uma mensagem atual e progressista , simpática e eficaz, de uma miscelânia de experiências trazidas de outras cidades
e outros estados, tornando o ensino diferente variado e interessante.
As lembranças serão sempre com carinho, aos professores , pessoas especiais que sentiam e compartilhavam de nossos esforços.
A pousada de Dona Michelina, com seus deliciosos bolinhos mineiros, e seus "uais" inesquecíveis,
o frio que congelava, tudo está amarradinho, do lado esquerdo do meu peito.
Falar sobre ASMEC??? É preciso sentir.







sábado, 26 de maio de 2007

O porquinho


Tinhamos naquela época 11 disciplinas na 1ª série ginasial, Latim era uma delas.
A aula começava cedinho e todos sabíamos que não podíamos brincar em serviço, era muita matéria para estudar e sabíamos também da importância delas.
No inverno Venceslau congelava, mas...estávamos lá firmes e determinados no "Ginásio Antonio Marinho de Carvalho Filho".
Bem, vocês podem estar pensando, o que tem a ver o ginásio com "O porquinho", matando a curiosidade, susurrando cá ao pé do ouvido, revelo: era o meu professor de Latim.

Advogado, compententíssimo, inteligente, curriculum invejável, mas... uma "casca de ferida brava". Todos os dias fazia chamada oral, abria o livro didático em qualquer página, descia o dedo na lista de chamada e ...o sorteado(a) que provavelmente estava debaixo da carteira, tinha que caminhar até a sua mesa e começar a declinar as "puella,ae" da vida. Era um horror.
Fizemos greve, o seu enterro, com caixão e tudo. A passeata, foi um barato, percorremos as principais ruas da cidade, com o aval dos comerciantes e de toda a população. Foi um sucesso.
Mas só teve um probleminha: o bendito continuou dando aula por muito e muito anos, e nós...e outras gerações assistindo.
Porém, tenho que confessar uma coisa, aprendí Latim, todas as declinações, os casos, as análises, o livro todo, ele sabia o que estava fazendo.
Obrigado, professor Daniel.




quarta-feira, 23 de maio de 2007

Lembranças III - (O preparatório)




Foi no preparatório J J (José e Joaquim) curso de base à admissão ao ginásio, que seu coraçãozinho bateu forte pela primeira vez. O motivo, um garotão, cor de jambo, olhos expressivos e alegres, que paquerava todas, mas nenhuma em especial.
Sentimento estranho experimentava, mistura de ansiedade, raiva, alegria, mas só tinha um nome ÁLVARO.
Assim na esperança de revê-lo, o dia se resumia naquelas duas horas diárias no preparatório. O ano terminou, a batalha estava ganha e o ginásio uma realidade.
A menina era agora uma moça.

Conto - Lembranças II ( As brincadeiras)








Os anos

passaram,




mais dois irmãos nasceram,daquela menina acostumada às bonecas, pouco lhe restara.
Agora dos galhos altos da mangueira, pulava para os da goiabeira, do quintal de sua avó ( um verdadeiro parque de diversões) com a mesma agilidade e sensação dos filmes de tarzã.
Era outra menina, mais segura, mais confiante, mas ainda muito meiga e alegre.
Suas primas , primos e irmãos , amigos inseparáveis gostavam muito de brincar de cirquinho, eram verdadeiros artistas, e todos unidos por laços fortes de sangue e amizade, tinham um só pensamento, ser feliz.
Os palitos de fósforos cobrados de ingressos, ficavam espalhados, ao término dos espetáculos. Divertiam-se a valer.
Ser professora era o seu grande sonho, seu projeto de vida, enquanto não o realizava, bastava imitar os gestos e manias de D. Vanda, sua mestre, com carinho. As cadeiras viradas, colocadas em fila, formando um corredor, e uma louzinha, feita por seu pai, formava a sonhada sala de aula. Seus irmãos foram seus primeiros alunos, e com ela alfabetizados, assim caminhando entre as cadeiras, a passos firmes, cabeça erguida, sentia-se a verdadeira D. Vanda.















Conto - Lembranças l





Por volta de 1952, Helena retornou à sua cidade natal, no interior de São Paulo, depois de morar 5 anos em uma pequena cidade do Estado do Rio de Janeiro. Contava na época 7 anos.
Os parentes, os costumes, o sotaque, tudo era diferente. Os primeiros dias foram difíceis, Helena era uma criança dócil, acostumada a brincar apenas com suas bonecas, seus brinquedos de menina. Vivia as voltas de sua mãe e de seus cinco irmãos. Era pequenina, olhos castanhos escuros, e os cabelos ondulados e negros moldurava sua face muita branca.
_ Papai, não esqueça a minha boneca e sua cestinha por favor. Recomendou ao pai que voltou ao Rio para arrumar a mudança.
Alguns dias passaram, a ansiedade de rever seus brinquedos não a deixava dormir.
A mudança chegou.
Helena vasculhou tudo a procura de sua cestinha tão recomendada. Era linda de vime, forrada de tecido, cheia de babadinhos e fitas, presente de sua tia Lourdes, uma tia muita querida.
_ Papai não pode trazer sua cestinha, filhinha, assim como outras coisas tivemos que doar, o embarque ferroviário ia ficar muito caro.
A primeira grande perda de sua pequenina existência.

segunda-feira, 14 de maio de 2007

O Imortal



Fôra extremamente rebelde.
Dos anos polêmicos que viveu, presenteou o mundo, com doces melodias.
Irrequieto, quebrando tabus, conceitos e falsas moralidades, com seus amigos e músicos, nos encantaram , com um dos mais célebres e irreverente conjuntos musicais.
Fascinado pelo adverso, enclausurou-se em um quarto, para viver apenas de amôr.
Era inglês, mas sua vida, suas obras, seus descasos, seus anseios, sequer seguiram o tic-tac do Big-Ben. Excêntrico por excelência, cabelos longos, sua maneira diferente e peculiar de se vestir e óculos arrendondados lhe davam um aspecto intelectual e contestador. Viveu pouco.
Sua figura mágica iluminou o mundo com suas canções, John Lenon o IMORTAL

domingo, 13 de maio de 2007

Julia








Eu acabara de completar 48 anos, e você nasceu.
O que eu experimentava naquele momento, era uma mistura de sensações, de amor, de carinho, de esperança, e de medo.
Jamais soube definir o porquê do medo.
Aquela florzinha tão frágil, tão pequenina, era a continuação de nós, da nossa família, das nossas vidas.
Hoje faz 15 anos.
Você foi desabrochando, crescendo, descobrindo o mundo, caminhando de forma digna e correta, completa nos estudos, para nosso orgulho.
Minha neta, que a sua vida seja abençoada, repleta de felicidades, sucesso emocional e profissional é o que mais desejo, de coração.
Deus te abençoe
Vovó Nene

quinta-feira, 10 de maio de 2007

Aos meus pais

















Meu pensamento desliza, caminha pela minha infância, e lá docilmente eu os vejo, conduzindo oito filhos com tanto carinho, com dedicação, com tanto amor.
Certamente não saberei com palavras, expressar os meus sentimentos. Suas ações, seus atos de bondade, de resignação, de tolerância, de vida, nortearam meus passos da infância à velhice.
 Ensinaram-me a ser verdadeira, a ser gente, com princípios e valores de honestidade, alheios às contradições nos exemplos da vida, em que a ética e a moral são banalizados e distorcidos.
Pai, lembro das caminhada, das viagens repletas de aventura, para chegarmos às praias, meu velho, fazia de seus um metro e poucos, gigante em nossos corações.
Mãe, anular-se em seus ideais, transferir seus anseios de pianista ao dedilhar doméstico, nos coloca em cheque, e humildemente só podemos dizer-lhe OBRIGADO
Talentosos desempenharam a bela e árdua missão de pais e amigos, não permitindo que as injustiças, reflexo do desamor, vírus nocivo da sociedade moderna, se instalasse em nossos corações.
Obrigado papai, obrigado mamãe, que Deus os abençoe onde quer que estejam.
Registro aqui o meu carinho, o meu amor.

quarta-feira, 9 de maio de 2007

A viagem


Era 29 de dezembro de 1988, creio eu. Fomos para o Rio, Toninho, Vivinha com o Marcão, seu noivo, Rogério , Ricardo e eu. Até aí nada de mais, fazíamos sempre esta viagem desde que mudamos de lá em 1984.
Desta vez, entretanto, estavámos sem carro, tínhamos que viajar de Cometa querendo ou não, porque o monopólio da empresa em Campinas não deixava outra alternativa.
Foi um desafio, porque já saimos em um ônibus sucata, daqueles que colocam para abastecer a demanda. Que noite!!!. Bem, mas a coisa estava só começando. Chegamos todos, com caras, roupas e espíritos mais amassados que ... ( deixo livre para imaginar ) no Rio de Janeiro.
Com malas, bagagens de mão, e uma caixa lotada de manga ( frutas que colhemos em nossa própria casa) atravessamos a avenida que fica ao lado do terminal Novo Rio, para pegar o ônibus para o São Bento em Duque de Caxias. Aí que a coisa ficou preta, o ônibus chegou lotado e nós, jamais saberei como, entramos nele, ou entraram a gente nele, sei lá. O calor era escaldante,ficamos em pé e atônitos pela gritaria dos garotos que vendiam de tudo, das mulheres que gritavam com as crianças, estas que choravam para nosso desespero.
Chegamos. Como descer?? não sabíamos, nossas malas, nossas bagagens saiam pela janelas, e o Ricardo também. Eu com medo que desviassem as nossas malas (com nossas belas roupas de final de ano) gritava feito louca : _ Cadê as malas, cadê as malas . E a caixa de manga??!! ( um engradado de madeira, para ser sincera) , lá estava ela, flutuando nas mãos estendidas dos passageiros, e de de mão em mão, conseguiu ilesa chegar à porta, até um de nós descer do ônibus com ela.
Só de pensar neste dia fico cansada.
Contudo, chegamos à casa de minha mãe felizes e tudo foi esquecido um minuto depois.

O piano


Quando tinha 9 anos ( gente, isso faz é tempo) fui aprender piano, porque gostava, e porque minha mãe queria. Porem o piano era um instrumento caro, e então... fui aprender acordeon,
beleza, tambem adoreios, e aos 15 anos ganhei de presente um acordeon , instrumento que era o furor do momento.
Minhas tias, Candoca e Lourdes, irmãs de minha mãe, que me amavam muito, como se fosse sua própria filha, sempre tiveram vontade de me presentear com um piano, mas não tiveram
condições financeiras para isso.
Adulta, com filhos, netos,meu marido me deu um teclado, Santo Deus era quase um piano.Aprendí.
Passado algum tempo aposentei, fiquei a beira de uma ataque de nervos, quase depressiva, com a sensação de que o mundo girava e eu de fora apenas observava, tudo acontecendo, e eu doida para colocar o pé no estribo e entrar nele novamente.
Um dia, que amanheceu como qualquer outro, em uma conversa fiada com minha filha, falei sobre o grande sonho de ter um piano, ela na verdade já estava cansada de saber, mas....e aí ela me disse....!!!!!!!?????? Se é assim, eu compro para você.
Sabe aquele desenho animado que o bichinho corria pra caramba, pois bem, fiz o mesmo, não olhei para trás para que não tivesse a mínima possibilidade dela mudar de idéia.
Achei o piano, parece que estava me esperando, o único na loja coberto com um lençol. Quando
foi descoberto, não tive dúvida era ele. Maravilha, maravilha, a minha filha estava realizando um sonho de apenas 50 anos, exatos.
Penso que minhas tias lá de cima, deram uma mãozinha.
Passados 4 anos, hoje toco acordeon, teclado e piano

domingo, 6 de maio de 2007

O computador


Eu tenho um blog.
A Vivinha* me convenceu
Vou escrever, como fazia em um livro chamado diário. Entretando, lá nos idos tempos dos diários, tudo o que se escrevia segredo ou não, era trancado a sete chaves.
Agora o computador. Que salto eu dei, da pena ao teclado da tecnologia que mais distancia e aproxima as pessoas. Talvez até leiam, talvez comentem, é realmente sedutor.
Gosto dele, me fascina a forma como enebria as pessoas, entretanto procuro não me envolver demais com seus encantos, para que não seja aborvida por ele.
Ele(o computador) e eu, vamos tentar relatar fatos e sonhos de uma vida repleta de histórias.
E foi assim...........( continua no próximo capítulo )
*Vivinha - minha filha Vivien ( Casa da Mãe Joana )