terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Sangue azul




Ballard era meu bisavô materno. Nasceu Edward Leander Ballard, inglês sofisticado, veio para o Brasil sabe lá pooorquêêê!!!! Conta-se que era aventureiro, desses espíritos inquietos que largam tudo e se embrenham no mundo, cá para nós devia ser a ovelha negra da família.
Casou-se no Brasil e teve 7 filhas, e um filho, ( ao contrário de minha mãe que teve 7 filhos e somente uma filha, eu) uma delas a minha avó, que não conheci. Conhecí apenas a mais nova já bastante velhinha, porem lúcida, brava, autoritária. Tia Alzira branca como o leite tinha os olhos maravilhosamente azuis. Dela ouvíamos a bela história do meu bisavô desenrolar como nos romances. Batia nos braços erguidos e dizia solenemente " Aqui corre sangue azul". Eu ainda criança ficava curiosa, queria ter certeza daquele sangue azul, mas...mas o sangue não era vermelho???? Bem, enfim... nada explicado, nada que eu pudesse entender. Minhas tias e minha mãe também rezavam nessa cartilha, todas diziam, temos sangue azul.

Desde os mais remotos tempos, as gerações de nossa família, cientes de que havia uma herança na Inglaterra para os filhos e netos de Edward Leander Ballard, mobilizavam-se para resgatar esses bens. Ao mexer e remexer nesse assunto morria um herdeiro direto, parava tudo. Voltava a remexer, morria outro, a última tentativa foi a minha geração. Um primo foi à Inglaterra à propósito para a questão, e nos trouxe testamento e um legado que comprovava a veracidade da história, nesse época, morreu o meu tio e padrinho, pessoa queridíssima por todos, diante disso, a família encerrou completamente a questão herança, e nunca mais se falou em Inglaterra, em sangue inglês. Finish (Zé finiiii)

Uma verdadeira maldição inglesa.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Reencontros





Formatura






































Aniversário da Leila 2010








































Passados longos cinco anos da nossa luta diante das pranchetas, dos requintados projetos comerciais e residencias, das inesqueciveis e emocionantes aulas de história da arte, exigências do perfeccionista professor de desenho arquitetônico, das espevitadas e descontraídas aulas de cores e tecidos, interessante história do mobiliário, iluminação e paisagismo, formados na Arquitec, reconhecida escola de arte e design, a minha turma se reune no aniversário da Leila na padaria e confeitaria Romana, no bairro Cambui em Campinas, todos os anos em outubro.

Reencontrar as meninas para colocar a conversa em dia, é nutrir a tarde de felicidade, é garantir diversão. Degustamos e apreciamos as delícias da padaria, rimos a valer dos prazeres apimentados das fofocas, lembramos das nossas aulas, dos professores, e a alegria rola legal.
Sou a mãe de todas, mas tratada como se a mesma idade tivéssemos, é legal porque conheço muito bem a geração delas, uma vez que meus filhos possuem a mesma idade.
Gosto de participar dessas reuniões e pertencer a esse grupo especial e democrático.

Valeu meninas, até outubro de 2011. Bjs.