segunda-feira, 30 de novembro de 2009

A turma da história














Nessa foto falta o irmão caçula, mas naquela época era bebê, não entrou na história.

As lembranças da infância invadem nossas mentes de forma tão cristalina, que chega a nos dar a sensação de que acabou de acontecer.

Aguardávamos as férias, conforme já relatei em "A Batalha de Mamona" postada em 27/11/2007 , com uma ansiedade que doia. Tia Lourdes e José Carlos meu irmão mais velho, chegava em Venceslau para completar nossa felicidade.

Tia Lourdes com seu eterno auto astral, nos deixava eufóricos com os presentes que trazia do Rio e a abertura da mala era aguardada com entusiasmo. Meu irmão era um ídolo para nós, e um orgulho para meus pais, a sua chegada nos enchia de alegria e a certeza que teríamos um mes de brincadeiras, de contos... de cantos, de muito lazer e prazer.

Mamãe se esmerava na arrumação da casa, e papai fazia o melhor para não faltar nada na despensa.
A nossa história é sobre uma linda e apetitosa melancia.

E foi assim...

Papai comprou uma melancia, e deu a tarefa de cortá-la para nosso famoso visitante, o próprio, o irmão mais velho. Nossos olhares se cruzaram porque aquilo significava problema, não seria uma boa idéia, era sabido que ele iria aprontar. Estávamos certos.

De soslaio e rindo muito nos disse:
_ Estou cortando a melancia ao meio, estão veeendo??? Aprendam como estou fazendo.
Ocasião propícia para desenvolver seu lado professor e nos ensinar a metodologia de se cortar uma melancia.
Lançou um olhar, muito nosso conhecido, um olhar que nos dava a certeza que, seríamos enganados. Mas nada era possível fazer diante de um mestre tão perfeito.

Atentos, e em volta dele, aguardávamos a nossa dita parte.

Uma das metades foi divididas melimétricamente em partes iguais e distribuidas. Recebemos e saboreamos a fruta deliciosa.

_ Terminei, quero mais disse.
_ Ah...é?????? Vem pegar???????

Com um sorriso malandro, pegou a outra metade da melancia e saiu correndo. Corremos atrás dele, rindo e gritando, numa algazarra que fazíamos com categoria. Afinal eramos muitos.
Certos momentos parava, olhava, fingia que comia, para nos dar vontade, e corria novamente num gesto provocativo, instigante. Corríamos de um lado para o outro, tropeçava, caia, levantava e corria, até o cansaço dominar.

Depois dessa corrida e luta insana, jogamos a toalha, nossas perninhas não aguentavam mais.
Então, nosso protagonista sem pressa, bem devagarinho, e cheio de moral, foi dividindo melimetricamente em partes iguais a outra metade da melancia mais disputada da história.

Ação realizada por um amor fraterno intenso, com tempero de ternura.
Uma figura incrível, carismática, e muito amado, mil beijos para ele.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Panetone de cereja




A chuva passou. O sol brilhante surgiu convidativo.

Fui à padaria. Comprar pão de manhã é um sacrifício, detesto, mas... com um dia assim lindo, despontando às 9:00h, que parecia jogar e ganhar da chuva, arrisquei.
Entrei. Pedí um caseiro e dois comuns (francês).
Uma funcionária mecanicamente me serviu. Ao meu lado no balcão uma travessa de panetones para degustação. Adoro panetones, não resistí e comi um pedaço.
_Quanto custa esse panetone????
_É de cereja, respondeu a dita funcionária.
_Quanto custa??????
A mesma virando em direção de outra, falou:
_Maria, o preço do panetone de cereja????
_Sei informar não.
Maria virou e continuou seu trabalho.
Fiquei plantada esperando a resposta. Nada. Falei novamente.
_ Quanto custa o panetone de cereja?????
Abaixando no balcão a "mulé" pegou um chocotone e disse.
_Esse chocotone cuuuusta.......
Não esperei que terminasse, afinal eu não queria chocotone ora...bolas. Falei novamente:
_Quero saber o preço desse que experimentei??????
Abaixando novamente no balcão, pegou um outro e disse:
_ Esse normal cuustaaaa........
Olhei bem firme nos olhos dela, o meu olhar de indgnação foi significativo, rsrrsr,  pois a dita guardou o "mardito" panetone rapidinho. Saí logo, antes que meu lado Pinto Guedes surgisse das profundezas.
Fui embora aguada, com vontade de comer o PANETONE DE CEREJA.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Um sonho

















Alimentar um sonho impossível, não é perfil de ariana que sou. Pendencias não é meu forte , gosto de realizações, mas a França era algo tão perto e tão longe que eu não saberia explicar,mas gostaria imensamente de conhecê-la.

Paris, para mim era um passado muito longínquo, sensibilidade aflorada, de um saudosismo como se lá estivera um dia, algo forte, sem entendimento prático.
Nessa vida, sentia a distância não apenas geográfica, mas a possibilidade de realização tão distante quanto.

O prazer ficava tão somente em cantar a "Marseillaise", as canções infantis, ver as fotos e TV, da Champs Elysees iluminada e magnífica nos finais de ano. Até que o Ricardo, meu filho, sabedor dessa antiga vontade, entrou em ação, e o sonho não só se tornou possível, como real.
Voarei entrelaçada entre sonho e realidade, no dia 22 de abril de 2010.
Tenho certeza que nós, ele e eu, faremos uma viagem maravilhosa, porque somos sintonizados nas beleza das artes, arquitetura, e transformamos nossos dias em diversão. Simbiose de amor.

Paris, me aguarde, abrirei meus bracinhos (curtos segundo a minha filha Vivien) em frente o
L´Arc du Triomphe na Champs Elysees e direi em voz alta: "Je suis ici".

Notem que o nome da minha filha é frances, não é por acaso, foi escolha mesmo.

Sei que hoje em dia viagens desse porte já faz parte do cotidiano do povo, mas para mim é muito mais do que isso é uma sensação de visitar e conhecer algo, já conhecido.

C´est la vie. Vive la France.

domingo, 8 de novembro de 2009

Aluna X Faculdade




Julgar sem conhecimento verdadeiro, apenas com fatos divulgados pela imprensa, é complicado, difícil e com possibilidades de falhas, muito grande.
Entretanto é o que eu tenho, e dessa forma vou opinar para mostrar minha indignação.

No meu entender (posso estar errada) houve uma carreiras de erros: da administração da Faculdade, dos alunos selvagens, e da própria menina.

Por trabalhar durante anos em administração escolar, fiquei inconformada com a atitude da Faculdade em expulsar a aluna. Atitude intransigente, decisão equivocada, autoritária, e provavelmente sem base legal.

A selvageria demonstrada pelos alunos moralizadores, em nada condiz com o Brasil moderno, atual, diverso. A mim me pareceu uma volta aos tempos, que atirem a primeira pedra.

Quanto à aluna, tenho minhas resalvas, não a coloco na condição de vítima, que para mim, não é.
Falo sobre comportamento, regras sociais, não apenas sobre o comprimento da saia da mesma.
Acho que foi infeliz, prejudicou uma instituição, provavelmente arranhou sua vida familiar.

Retrocesso que coloca à prova o futuro do país.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

22º andar - edifício "A Noite"













Sentada, comportada, ao lado da minha prima Vera Maria, esperava com ansiedade o famoso programa Cesar de Alencar. Estávamos alí para ver Emilinha Borba, a cantora idolatrada por ela.

Eu tinha uns oito anos, se não me engano, e para mim, tudo aquilo parecia encantado, diferente, irreal. Cesar de Alencar, figura interessante, magro, comprido, nem bonito nem feio, mas de uma competência de palco, que fazia juz à fama. Por anos ele comandou esse programa de auditório.
Emilinha e Marlene eram as grandes estrelas da Radio Nacional.

Quieta, sem entender o que eu fazia alí, olhava ao redor, com as mãos nos ouvidos. O barulho era ensurdecedor, aquelas bocas imensas, vermelhas e abertas, faziam uma arruaça que hoje se assemelham as infernais cornetas dos campos de futebol, mas tinha uma pitada de glamour que eu gostava.

Uma escadinha de 3 degraus, imensa na minha visão de criança, separava o palco do auditório, e eu não pensei duas vezes, instalei-me ali.

_ Com voceeeessss!!!!!!!!....... Emiliiiiiiinha Boooooorrba.
Ela era linda, uma deusa. Cantar????? bem...era querer demais, mas... o povo gostava. O auditório parecia que vinha abaixo, e nós estávamos no 22º andar.

Depois da apresentação, minha prima me deu uma foto da artista e falou, corre atrás dela.
Falou a palavra mágica, atravessei o palco, os corredores, um verdadeiro labirinto, mas achei a famosa em uma saleta. Charmosa, conversava com a cantora Nora Ney, e ao me ver plantada na porta me chamou, e ganhei um abraço e um beijo tão carinhoso que jamais esqueci.
Autografou a foto que guardo até hoje.

Passada a febre da era do rádio, Emilinha sem a coroa, sem o prestígio de outrora, tornou-se amiga de minha prima Vera Maria, amigas inseparáveis.

Foi a era de ouro da Radio Nacional.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

O midas e sua competencia



Queixar-se da vida é comum e corriqueiro, todos fazemos.
Ficar à mercê dela sem mexer um dedinho sequer para melhorá-la tambem fazemos.
Verdade...verdadeira é reconhecer que o ser humano gosta de se lamentar.
Que estamos vivendo uma bela fase, que nossas riquezas foram apresentadas ao mundo pelo governo Lula com sucesso, que crise é reconhecidamente uma marolinha, que a redução da pobreza é um fato, que o desemprego foi solucionado, que a economia segue com índices favoráveis, que juros já não é mais o vilão da história, e com tantos outros resultados satisfatórios , sinto que podemos nos orgulhar.
Em um patamar de realizações, Lula pode se dar ao luxo de investir no esporte. Empenhou-se em trazer a Copa e as Olimpíadas para o Brasil, dinheiro que será aplicado no transporte, na segurança, no turismo na cidade que sediará, a bela Rio de Janeiro.
O pré-sal seu grande trunfo, celebração para um governo responsável e competente.
Com o desenrolar nefasto do senado, cuja única razão é fornecer um processo PRODUZIDO, pela chegada das eleições presidenciais, tão somente interesses políticos partidários, há quem navegue nessas ondas. Graças a este governo democraticamente recebemos as informações na íntegra, fato não registrado em governos anteriores. Debaixo dos tapetes ficavam as sujeiras, porque elas existem desde sempre, ou seremos ingênuos demais em pensar que essas falcratuas são atuais. Volto a repetir, o congresso nacional é o espelho do povo.

Ficar relatando os bons resultados do governo, não se faz necessário, isso os índices já apontam e a popularidade do presidente também, apenas reforçar aqui a continuidade dele.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Gardenal + Lexotan


















Eu não havia assistido o show da Vanusa, interpretando o Hino Nacional, na assembléia. Sabedora da gafe, ou melhor da ousadia da cantora, imaginei que as graças do Zé Simão e outros fossem exagero, mas não foi. Assistí, fiquei atônita, sem palavras.
O que foi aquilo????????
Será que ela estava sacaneando a Assembléia????? Será que ela estava dopada????? Com remédios, conforme veio justificar , ou... sei lá entennnnnde!!!!!!!!!!! A voz dela estava fora de compasso, mole, adormecida, fazendo zigue-zague, embriagada. Não creio que ela não soubesse cantar o Hino, então o que de fato aconteceu???????
Foi realmente horrível, fiquei com pena dela e da família, do constrangimento, da vergonha que passou, do mico.
É comum errar a letra do Hino, conforme enquetes feitas pelas ruas, mas a melodia até os mais simplórios acertam. Pisou no símbolo nacional, é imperdoável para uma cantora .
A Fafá de Belem, já havia assassinado o Hino, agora a Vanusa o enterrou.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

A gripe asiática e a vovó


















Sou do tempo da gripe asiática, talvez 12 ou 13 anos,  menos, nem sei ao certo.
Foi uma pandemia, que assustou a população, e causou muitas mortes no mundo inteiro.

Dois grandes motivos foram suficientes para eu querer pegar a gripe.

O primeiro, não ir à escola, creio que no ginásio na época. Fase boa, ficar de pernas para o ar, sem precisar fazer nada, hahahahh...rsrrsrs

O segundo, ahh... esse sim inesquecível, a sopinha da vovó Lora, e os paparicos dela.

Quando éramos crianças, e ficávamos doentes, a vovó fazia uma sopinha de farinha de milho, que até hoje sinto o cheiro, o sabor, néctar dos deuses. A carne era cortada em cubinhos, do tamanho de dadinhos, farinha de milho só para dar uma engrossadinha, temperada com muito amor, e servida em cuinha. Ao fechar os olhos eu a vejo trazendo a iguaria, dizendo: _ Tome um cardinho, pra quentá, fia.
Gosto até hoje de tomar sopa em cuinha.

Quando tive caxumba, lá veio ela rezar, e fazer várias cruzes com uma colher de pau, com cinza quente, no local inflamado, segundo ela, para cortar a caxumba. Fazia com tanta dedicação, que nada doia, e era gostoso tanta dedicação e carinho. A sopa???? Vinha como premio.

Que saudades da minha avó, que Deus a proteja onde quer que esteja.


sábado, 8 de agosto de 2009

O sorteio - REPETECO






Meu marido e eu fomos sorteados para assistir o show do Fábio Jr.

_ Claro que vamos, falei pra ele.

_ Ah...não vamos não.

_ O quê????Vamos sim, de graça até injeção na testa??? Assistir Fabio Jr. vai doer um pouco menos.

A Vivinha disse: _ Mãe, se o galo cantar três vezes, as três eu nego "NÃO TE CONHEÇO"

E nesse conflito, durante dias, chegamos finalmente a um consenso, iríamos ao show do garotão.

O meu marido ainda sem nenhum entusiasmo, começou com a eterna lenga-lenga:

_Que roupa TENHO que vestir, !!!??? Vou pegar a....!!! Se eu não tivesse me adiantado...sabe lá Deus o que teria vestido.

Chegamos ao ginásio do Tenis Clube, já lotado, mas ...com nossas cadeiras numeradas não tivemos problema algum.

O shou começou. Fábio Jr. cheio de pose, não sabia o que fazia com as mãos e pulava feito pipoca, porém deu conta do recado. Alguns problemas técnicos de iluminação, mas sem prejuízo no geral, assim terminou o show, nada de maravilhoso, mas foi legal.

domingo, 19 de julho de 2009

A travessura do Ricardo












Quando casei, isso faz apenas 42 anos, ganhei de presente do meu cunhado uma mesinha de centro redonda com madeira e vidro, formato aranha, que foi escolhida por mim e paga por ele. rsrsrrsr

Era uma graça, bonita e moderna, que compunha com estilo a minha sala de estar.

Os anos passaram e a mesinha resistia ao tempo e tres crianças com categoria, embora a decoração já tivesse sido trocada algumas vezes. "Uma das manias que tenho", plagiando essa velha canção, é mudar...mudar...mudar.

Entretanto... a mesinha foi ficando...ficando...ficando, até que um dia ao passar pela sala, ví sobre ela os objetos normais de sempre e um parzinho de tenis, cujo dono deveria ter pelo menos uns 5 anos. Estava arrumadiiiiinho um pé coladinho no outro, milimétricamente posicionado, o dono deveria ser muito organizado, prestimoso, um futuro Monk.

Estranhei encontrá-lo sobre a mesa e fui tirar para guardá-lo no devido lugar, oh my Good!!!!! ó Céus!!!!! Quase tive um treco, debaixo do tenis tinha um rombo no vidro do tamaiiiinho do pézinho dele. Como conseguiu aquela proeza, até hoje não sabemos, porque o vidro não quebrou, nem espatifou, fez um buraco.

_ Ricaaaaarrrdo, de quem é esse tenis que está em cima da mesinha da salaaaaa???????????

Com os olhinhos arregalado, mãozinha na boca, sem jeito e acabrunhado falou:
_ Mamãe é meu, é que.....................

Aquela era uma situação para no mínimo um beeerrroo, mas como????? Aquela belezurinha, diante de mim, com um quadro de TENTATIVA de esperteza, só podia me comover, e eu não consegui fazer nada a não ser rir muito. Comentávamos sempre que já estava vencida mesmo, rsrsrsr.

_ Vida, poesia, romance, voce estragou a mesinha da mamãe...e agora??????

_ É, mas ela é velha, néééé??????

Bjssssssssssssssssssssssssssss (estalo)

Essa foto foi encontrada por ele na internet, só pode ser a própria, igualzinha.
Mandou por e-mail para mim e pediu que eu registrasse no blog ''O dia em que ele me tapeou.''

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Fala Rei... "São tantas emoções"
















As tardes de domingo tinham um endereço certo, JOVEM GUARDA.

Roberto e Erasmo se projetando no meio artístico, Wanderléa ditando moda e dança, e aquela maravilhosa tchurma Martinha, Valdirene, os Vips, Eduardo Araujo, Silvinha, Liliam e Leno, Ed Wilson, Renato e seus blue caps, Os incríveis, Jerry Adriani, Eduardo Araujo, Wanderlei Cardoso, e tantos outros.
A imprensa castigava, esse cantorzinho com voz fraquinha não dura 1 ano.
Hoje após 50 anos, lá está ele, no topo, O Rei, com uma legião de fãs de todas as idades, que se acotovelam, para com muita sorte pegar uma rosa vermelha.
Nada apagou o brilho da festa, a chuva que caia, simbólicamente batisou o momento, coroando-o para sempre. O ponto alto e carregado de emoção ficou com a entrada do Erasmo Carlos, o encanto de uma parceria de sucessos, que estava adormecida em um canto qualquer.
Foi maravilhoso ver, sentir e admirar aquela amizade forte, iniciada na juventude.
Cantar Mulher Pequena em um show comemorativo desse porte, foi para mim, e para os meus 1.50m uma dádiva, um presente.
Todas as canções do Rei, são de uma importância excepcional, as da Jovem guarda me remetem à epoca, me transportam para uma idade mágica, as clássicas românticas, tocam o coração de forma especial e o choro é inevitável.
O rei reafirma no show, a Proposta de mais um Detalhe cheio de Emoções, pra dizer Como é grande o meu amor por voce, Outra vez.

E nós...agradecemos.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Adeus




O mundo se despede de dois grandes mitos.
Ele, figura polêmica, cheia de controvérsias, vida conturbada e incomum, mas de um talento incomparável e completo. Encantou e espalhou sua forma única e especial de cantar e dançar. Deixou sua marca e fez escola.
Mobilizou os quatro cantos do mundo com sua morte prematura. Feito extraordinário e incomparável.
Ela, liiiinda, com sua vasta cabeleira loura, ditou moda nos anos 70.
Charmosa, em parceria com as outras 2 lindas panteras, também registrou sua marca, para deleite de muitos.
Que encontrem a paz, onde estiverem.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Contrastes











Gosto de novela.

Sou fã da Globo nesse quesito, pela garantia de uma produção bem feita, preparada com competência, pelo farto elenco nota 10 e pelo histórico que essa emissora, ao longo desses anos apresentou.

Entretando o horror da cena de violência do Zeca, personagem vivido por Duda Nagle e sua gangue, no capítulo do dia 25/05, pelo realismo como foi dirigida, me chocou profundamente. Um verdadeiro horror se instalou. Fiquei apavorada, como se estivesse vivendo aquele pesadelo, em uma praça qualquer.

Enquanto legiões de pessoas movimentam a alma, com campanhas, passeatas e palestras em prol da paz, para harmonizar o mundo, outras destroem todo um trabalho de conscientização, com apenas uma imagem. O estrago feito por uma emissora de TV, com apenas alguns segundos no ar, é desolador.

Sei que lutamos por essa liberdade da imprensa, que é a voz da nação, mas fico pensando...viver em sociedade não exige regras???? Desde sempre...na família, na escola, no trabalho, na vida????? Será que a imprensa não as tem?????? será que não está excedendo, colocando à prova, uma liberdade garantida a tanto custo?????

Essa violência gerada com glamour, desenvolve um processo destrutivo nas mentes menos privilegiadas, vulneráveis e hostis.
As emissoras de TV, não só a Globo em questão, mas todas, revelam o descaso, o poder de influência e persuasão, o desrespeito, semeando uma grande desordem, capaz de colocar a sociedade em risco, criando um verdadeiro caos.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Na mala...um chapeu de praia















Essa...vai entrar na faca.
Assim falou, o Dr. X, no hospital de Rio das Ostras.
Cruzes????? Que boca de Lazinha!!!!!!! Que visão ???? Sem nenhum exame prévio?????
Ora...ora, que nada, disse cá para os meus botões, é apenas uma crise aguda da visícula . Bem... tá certo...bota aguda nisso, mas... são elas, as pedrinhas, que querem me tirar do sério.
Isto posto, o médico lavou as mãos. Internada por algumas horas, tomei morfina e outras drogas que foram capazes de mascarar o quadro, e fui liberada.
Voltei a falar com meus botões. _ Não falei????? apenas uma crise, e lá vamos nós para Petrópolis. João Luiz e Antonio Carlos que não me largaram, ficaram satisfeitos, mas, apreensivos.
Esse quadro, que mais parece Cilada do Bruno Mazzeo, aconteceu depois de passar dias inesquecíveis no Orla 500, condominio a beira mar, pertinho de Búzios, já citado aqui, onde meus irmãos tem casa.
Caminhávamos todas a manhãs, pela orla marítima, papeando, ajustando e harmonizando o mundo, eles...sem as mulheres, que ficaram no Rio, por motivos de trabalho, e eu...sem o marido, que não foi pelo mesmo motivo.
Às tardes ensolaradas e tranquilas, ficávamos jogando conversa fora, a beira da piscina, saboreando as delícias dos frutos do mar, especialmente o atum feito com catiiiiigoria na churrasqueira, pelo João Luiz, o mais recente mestre cuca (tem hifem???? sei lá???) da família.
Às noites, os clássicos do cinema, eternos como Casa Blanca,... E o vento levou, e outros, figuravam numa sessão, com direito a pipoca, feita com esmero pela Patricia, minha sobrinha. Jantar a noite, na praia da baleia, em Rio das Ostras, e comer um delicioso bobó de camarão, foi o último passeio, até que se deu o infortúnio acima citado.
Bem...chegando em Petrópolis para o aniversário do meu irmão mais velho José Carlos, subimos ao deck. Aquela paisagem exuberante, cravada na serra , era tudo que eu precisava para amenizar a dor que ainda sentia.
Entretando...não deu outra, fui levada pelo meus irmãos José Carlos e Antonio Carlos, às pressas para o Hospital da cidade, e de lá, só saí no dia seguinte depois de ser medicada para aguentar a viagem, com o compromisso e encaminhamento, para seguir direto ao Hospital dos Servidores em São Paulo, o que foi feito e resolvido.
Estou muito bem agora, graças a Deus, segundo o médico que me operou, foi uma cirurgia difícil, pelo quadro de urgência, mas tudo correu bem.
Sou radical!!!!! da praia direto para o hospital, e na mala...hahahahah...um lindo chapeu de praia.

E agora...meus amores, estou de mala e cuia prontos para viajar, sabem para onde?????? Petrópolis. rsrsrssrsr.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Quando Deus é testemunha














Parada, imóvel, sem ação, assim o ví, sumindo pelos corredores do hospital. Parecia forte, seguro, homem macho de uma geração que não chora. Mas, os nossos 42 anos em comum, me mostrava um menino amendrontado, vulnerável e aterrorizado pelo desconhecido.

Jamais teve uma gripe mais forte sequer, entretanto um câncer de próstata sem aviso chegou.

Através da porta do centro cirúrgico, eu e Deus rezávamos por ele. Fora, uma legião de amigos e parentes faziam o mesmo.

A operação propriamente dita poderia ter corrido normal com sucesso, não fôra por uma falta de oxigenação parecida a uma crise aguda de asma, que o levou à UTI entubado e com aparelhos que apitavam, som conhecido em outros familiares, que me causaram arrepios. Graças a Deus e aos médicos tudo foi controlado, solucionado.

A equipe médica do Hospital dos Servidores, na área da Urologia, demonstrou não apenas competência , mas humanidade. Perspicaz e observador, o médico da UTI, percebendo o meu desespero e da família, assim que retirou o tubo e os aparelhos, nos chamou para que pudéssemos ver que ele já estava consciente. Tirou com as mãos um sofrimento que iria se alastrar noite afora.
Quando entrei, o médico disse:
_ Antonio, vc reconhece quem acabou de entrar????? Ele respondeu:
_ Claro...é a minha gata.
Estava de volta.
Em casa, já recuperado do medo, a certeza de um longo tratamento que deve seguir adiante.

quinta-feira, 5 de março de 2009

R E P E T E C O - Copacabana

Acho... que vale a pena ler de novo.

Os anos passavam devagar naquela época. Dezembro demoraaaava a chegar.

Venceslau me perdia pelos meses das férias escolares, e o Rio descortinava à minha frente como um cenário apoteótico.

Copacabana me recebia por alguns 15 dias, apartamento da minha madrinha Mirthes, e a Ilha do Governador o restante do período, na casa das minhas tias Lourdes e Candoca.

Admirava aquela cidade liiinda, os letreiros luminosos, as lâmpadinhas correndo uma atrás das outras, muuuita tecnologia. As carrocinhas de kibon, o chicabon (como sentia falta dele na minha cidade) , as amendoeiras, as calçadas famosas por seus desenhos, a praia!!!!! ah!!! a praia, eram símbolos de uma cidade acolhedora nos anos 50/60.

Dindinha, Kátia tão pequenininha e linda, e eu, munidas de baldinho, rastelinho, guarda sol, e outros apetrechos, saíamos da Pompeo Loureiro, direto para o posto 6. Era uma aventura.
Lembro-me bem, ainda com meus 12 anos, deixava minha madrinha aos gritos , porque sabendo nadar queria desbravar o oceano.

Ela me enchia de mimos, fazia comidas deliciosas. Passeávamos todas as tardes na Avenida Atlântica, Barata Ribeiro, aquela brisa deliciosa batia no rosto misturando frescor e felicidade. A escada rolante das Lojas Americanas, que eu subia e descia quantas vezes minhas perninhas aguentavam, e o lanche de cachorro quente, eram um parque de diversões.

A cidade enfeitada para as festas era tão deslumbrante, irreal, quase um sonho. Sonho realizado todos os anos, mas sempre como se fôra a 1ª vez. Cidade maravilhosa.
As lembranças do passado são tão fortes e nítidas, que o presente não consegue apagar

Copacabana... princesinha do mar!!!!!!!!


sábado, 21 de fevereiro de 2009

Vivinha em comunicação.









Trriiiiimmmm....trrimmm...
_ Aaalô...
_Mãe...olha só, eu queria pintar o muro do quintal, talvez nos tons de tijolo, ocre. O que voce acha????
_Nãããão!!!!!!????? O piso do quintal é de cerâmica vermelho, e no espaço reservado para o jardim prevalece o verde, essas cores vão entrar em choque, a minha sugestão é uma cor neutra, o palha, ou o pérola com branco, para não poluir demais. O foco, o destaque vai para o jardim, não a parede.
É verdade!!!! não tinha pensado nisso.
_Mãe, depois a gente resolve, tá ???? Bjs

Trirrmmmm....trrimmm...
_ Aaalô...
_Acho que vou fazer o lavabo primeiro.
_Jesus!!!!! bem...sendo assim temos que chamar o marceneiro para orçar a bancada da pia.
_Mas a porta, vai ser cara néé´??? Eu quero uma bem bonita.
_Mãe, depois a gente resolve, tá ???? Bjs.

Trrrimmm...trrrim....
_Aaalô...
_Mãe...o Daniel quer fazer um desenho na parede do quarto dele, acho que seria melhor...
_Viviiiiinha!!!!! Cristo Redentor...o meu feijão está queimando!!!!! Depois a gente resolve, tá????
rsrsrsrsr, tchauuuuu, rsrsrsr.

Design de interiores, soooofre. hahahah!!!!!!!

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Presente








Homenagem que recebi de Carolina , o que me deixou muito feliz, porque é a mais recente amiga virtual, e dona de um belo blog.
Aqui estão as regras:

1- Exiba a imagem do selo “Olha Que Blog Maneiro” que você acabou de ganhar.
2- Poste o link do blog que te indicou. Item super importante.
3- Indique 10 blogs de sua preferência.
4- Avise seus indicados.
5- Publique as regras.
6- Confira se os blogs indicados repassaram o selo e as regras.
7- Envie sua foto ou de um(a) amigo(a) para olhaquemaneiro@gmail.com juntamente com os 10 links dos blogs indicados para verificação. Caso os blogs tenham repassado o selo e as regras corretamente, dentro de alguns dias você receberá 1 caricatura em P&B.

Os escolhidos são:
Carlos
JFaria
Lidiane
Lord
Magui
Nadja
Nando
Rosamaria
Sonho meu
Vivinha

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Humor negro
















Quando a neve começa a cair nos cabelos, a reflexão sobre a vida se torna gradual, porém constante.

O balanço é feito, de forma a pesar, o que de verdadeiro ficou, o que de verdadeiro valeu a pena.

Há uma pessoa que não se dá conta disso, não enxerga que a vitória da vida, é a somatória dos bons resultados. Dos momentos de dedicação absoluta, da leveza dos sentimentos. Tudo seria muito mais fácil e perfeito, se pudesse entender, que o tempo é sábio, que oferece oportunidades de valorizar as ações do coração, com carinho e compreensão.

Essa pessoa, enfrenta uma situação que a coloca à prova, testada, chance para um crescimento espiritual, mas o coração continua endurecido e maledicente. Usa a prática do humor negro, faz ofensas gratuitas, sem direção.

Na esperança que um dia, desenvolva o exercício do bem, que se torne um diferencial nas futuras atitudes, e descubra a fonte do amor verdadeiro, desejo que cresça, amadureça, para não ferir gratuitamente pessoas, que não tem como princípio, ofender nem destratar ninguem.

Seja gente no verdadeiro sentido da palavra.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

42 anos !!!!! Me belisca!!!!














Fazer 42 anos de casada, hoje em dia, é um privilégio, um feito, um diferencial.

É um caminho permanente, ininterrupto, e absoluto. Os problemas de difícil solução são uma constante , as dúvidas, as decisões desencontradas, vem sempre a galope para desestabilizar a união. Quando estamos num estreito recurso de entendimento, cedemos às tentações e as confusões são instaladas, mas...nesses 42 anos, tivemos a glória e discernimento para separar o joio do trigo, e levar com amor.

Nossas vidas, tem seguido uma linha horizontal, sem altos e baixos, com relação as finanças. Nunca estivemos abarrotados ( rsrsrsr) por outro lado estamos bem, com o que temos.

Recebí do meu marido, que estava em São Paulo, uma mensagem por telefone, daqueeelas gravadas, mas que surte um efeito sobrenatural, no ouvidinho.
Fiquei pasma, emocionada, mesmo sabendo que é do feitio dele, esses agrados que marcam.
A felicidade muitas vêzes está, nas pequenas demonstrações de carinho, esta sim, é verdadeira e comove.

Fiquei contente com o presente, e dedico a ele este post.

Obrigado maridão