sexta-feira, 22 de junho de 2007

Eu só queria entender...






Eu só queria entender...

A imprensa falada e escrita, com todo o interesse que lhe é peculiar, na maioria das vezes amplia de forma irresponsável um determinado assunto, e o leva até a exaustão.


Recordando o caso mensalão, eu não aguentava mais ouvir falar em Marcos Valério, todos os dias as mesmas coisas, não se acrescentava nada, mas...Marcos Valério aparecia de manhã, tarde, noite, nos jornais, na televisão, nas revistas, sem novidade nenhuma, mas lá estava ele e sua careca.

Eu só queria entender...

Pensando cá com os meus botões, desde quando essa prática existe, porque o Roberto Jefferson resolveu falar??? Pagaram pouco para ele??? Queria mais e não deram????
Outros episódios envolvendo corrupção de lá para cá não pararam mais, e a midia nos levando ao esgotamento, e ao ridículo, agora só dá Renan Calheiros, agueeeeenta...

Eu só queria entender...


Os votos comprados por FHC para se reeleger, era mensalão???, será que o Bob Jefferson recebeu???o Caso das Ilhas Caymã", a imprensa pouco falou sobre esses assuntos, compra de votos???... Quem??? "Escurrulim escuntim", e outros exemplos que não vou relatar aqui para não encher o saco do povo.
O que se quer passar para a população, esses formadores de opinião, é que nunca se viu tanta corrupção. Tolinhos...vem de longe, de longa data, e também não tão distante assim.


Acredito que agora a Polícia Federal, até que provem o contrários, tenta agir com mais rigor, é pagar para ver. Plagiando alguém "Dignidade já!!"

Eu só queria entender...

O Arnaldo Jabour, quando se trata de política, escancara, parece que é algum caso pessoal, não é do governo Lula que não gosta, mas sim do Lula. O desatino é tão grande, que em uma de suas crônicas coloca que está ansioso por uma crise. Criiiiise??? de novo nãããoo, passei a minha vida toda ouvindo isso,"desconjuro, beijo a cruz três vezes"

domingo, 17 de junho de 2007

As balas "chita"





O cinema era um dos passeios sagrados para as quintas-feiras, sábados e domingos. O que fazia a diferença não eram os filmes, mas o desfile de modas, a paquera, o namoro, davam um colorido e um brilho especial nesses dias.


Ao bater do gongo para iniciar a sessão, os namorados procuravam suas poltronas previamente guardadas pelas namoradas e se acomodavam, era um ritual de gerações.

Em um desses dias coloridos, com o coraçãozinho transbordando de felicidade, guardei um lugar para ele.

O gongo bateu três vezes, nada, olhei para trás, não o vi. Com um nó na garganta, a minha vontade era correr dalí, fugir para o meu quarto, me trancar dentro de mim mesma, mas... ...esperei.

Quando o filme começou - um épico muito apreciado na época - "Salomão e a rainha de Sabá"- e eu não mais o esperava, devagarinho ele chegou.

O meu coração doía, estava ali sentado ao meu lado, lindo, com um sorriso encantador, parecia sonho. Colocou no meu colo, "quilos" de balas chitas que eu adorava, balbuciou alguma coisa tentando justificar o atraso,mas ... não era mais necessário.

Nessa época pegar na mão era o máximo que se podia permitir, e era uma cruzada.

Colocar displicentimente a mão no braço da poltrona, passar por todos os dedinhos até chegar a mão de fato, rendia quase o filme.

Estavamos nesse episódio, quando tia Nadir passou pelo corredor, num pavor
instântaneo rapidamente soltamos as mão. Ela olhou, parou e ... se viu?? Jamais soube.

Santo Deus, tínhamos que começar tudo de novo, dedo de mindinho, seu vizinho, pai de todos, fura bolo, mata piolho...


as luzes acenderam, o filme acabou. O que aconteceu com a rainha de Sabá, sei lá!!!!

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Tomates suculentos



Ganhei um delicioso e nutritivo tomate da minha filha. Adorei


Não bastou o incentivo dela para criar o meu blog, premiou também.


Serve em agradecimento uma série de "mãããnnnsss".


Beleza!!!


O piano foi um dos presentes mais significativo e importante que já ganhei em


toda a minha vida, uma terapia que me conforta, trabalha a minha mente,


ocupa o meu tempo de forma serena.


Agora o blog, voce é única, tem cada sacada!!!


Atenção blogueiros, tomates suculentos para :


Daniel; Claudia Lyra, Jayme, Adriana, Thelma.





terça-feira, 5 de junho de 2007

A farra na fonte









Era uma manhã gostosa como tantas outras, de uniforme, fichário, livro de Osvaldo Sangiorgi (excelente matemático) nas mãos, cabelo amarrado com rabo de cavalo, segui para o ginásio. Era prova oral de matemática. A tortura generalizada.
Ao entrar na sala arrepiei, a mesa examinadora estava completa, composta dos mesmos, sempre eles e elas. Senti até a presença do próprio Osvaldo Sangiogi, que parecia estar alí também, rindo da minha cara, eu o detestei por anos
A professora, elegante, sempre muita segura de si, ofereceu aquele maldito saquinho com as vísporas, para sortear a matéria. Eu que já era pequena, sentada diante daquelas feras ( literalmente) ficava pequeniniiiinha ( areia da grossa, areia da fina...), quase sumia.
Com as mãos trêmulas, sorteei o ponto, era... pouco me importava, poderia ser qualquer um, naquela situação de desespero e stress, não ia saber mesmo?? Fiz algumas tentativas para responder as questões, mas estava impedida de pensar. Quase surtei.
Para surpresa de todos, lancei um olhar de desdém , acredito até que dobrei de tamanho, levantei e saí.
Fiquei para a 2ª época.
Ao retornar para casa, com os colegas, disse em voz alta:_Se eu passar na 2ª época me jogo na fonte. Registraram...
Fevereiro chegou, estava bastante confiante na minha aprovação .
Os colegas, através dos pais, avós, sei lá de que forma, conseguiram saber o resultado antes mesmo de mim. Era um fato, havia passado para a 3ª série ginasial.
No domingo seguinte, como era de costume, fomos (a tchuuurma e eu) ao cinema , passamos pela sorveteria Branca de Neve, para saborear o delicioso 4° centenário que o Carlos preparava com capricho para mim, depois seguimos para o footing no jardim.
Estávamos todos passeando, curtindo, paquerando, quando o Candinho e o Alvaro, amigos eternos, gentilmente me conduziram até...... tchibum, fui  parar dentro da fonte, mergulhei com o meu sapatinho de salto alto, e toda embonecada de domingo. Era só o começo de uma farra completa, por horas, com todos dentro da fonte.
No dia seguinte: 
ZYH7 Rádio Presidente Venceslau, (soou a voz inconfundível do Pedro)
_ Esses estudantes, arruaceiros, que fazem estragos, que ...???!!!
Fomos tomar satisfações (rsrsrs), falar com ele: _ Como???!!!???? O que significa isso???!!!
O locutor que também já havia passado pelos bancos do ginásio, não fazia lá muito tempo, reconheceu que pegou pesado, colocou no ar uma notinha limpando a nossa barra.
Foi uma noite inesquecível.





segunda-feira, 4 de junho de 2007

Fazenda Jambeiro






Vou dar uma trégua no meu diário, para falar sobre um exemplo de abandono.
Lendo as notícias do dia em um jornal aqui de Campinas, fiquei bastante triste com uma matéria, sobre uma fazenda da região. A Fazenda Jambeiro.
Segundo o jornal, o casarão foi construído em 1897 por Ramos de Azevedo, tinha dois andares, seis dormitórios, dois quartos de banho , duas grandes varandas decoradas com azulejo português, requinte da elite campineira, até o imperador D.Pedro II, foi um hóspede da fazenda.
Lendo isso, comecei a dar forma, movimento, cor, ação e só faltou o... gravaaaando...tentando reconstruir a imponente residência, na plenitude de seus dias de glória . Faço sempre isso quando me deparo com construções decadentes, a exemplo do filme TITANIC.
Em cena:
Que linda fazenda!! Que sofisticação!! Símbolo do glamour da época, vejo-os todos, lindos, sorridentes, cumprindo as tarefas domésticas. Na sala o requinte na beleza das rendas , dos babados, na cozinha, as compotas dos doces em potes de cristais dão água na boca, nas grandes gamelas os legumes colhidos da horta,a fartura presente no grande fogão à lenha.
Porém a minha imaginação passeia somente pela casa sede, pela capela, pelos jardins, não caminha até a senzala. Essa, deixo-a como um quadro, sem colorido em preto e branco.
A prefeitura de Campinas não pode e não deve deixar às ruínas, um patrimônio histórico desse porte.




sexta-feira, 1 de junho de 2007

ASMEC ( diário )






Terminei o curso colegial clássico antes do meu casamento, e o Normal , curso colegial também, já mãe da Vivinha e do Rogério. A Faculdade, inicialmente Letras no Rio de Janeiro parei no 2° ano, depois de longa data, reiniciei os estudos para cursar Pedagogia em outro estado, e é desta Faculdade que eu quero falar.
Foram anos de luta , determinação e coragem, porque ora o desânimo, ora o cansaço, tomavam conta de mim. O Trabalho em uma escola, durante 8 horas diárias , os filhos na adolecência, e a casa, com a neura da organização, me consumiam. Uma apatia pachorrenta "vira e mexe" se instalava, e eu graças aos Céus e ao grande desejo de concluir o 3° grau foram mais fortes e resistiram.
Falar sobre ASMEC, não é assim tão simples, é por excelência excêntrica, singular, uma mistura de desorganização organizada, de sistema retrógrado mas com uma mensagem atual e progressista , simpática e eficaz, de uma miscelânia de experiências trazidas de outras cidades
e outros estados, tornando o ensino diferente variado e interessante.
As lembranças serão sempre com carinho, aos professores , pessoas especiais que sentiam e compartilhavam de nossos esforços.
A pousada de Dona Michelina, com seus deliciosos bolinhos mineiros, e seus "uais" inesquecíveis,
o frio que congelava, tudo está amarradinho, do lado esquerdo do meu peito.
Falar sobre ASMEC??? É preciso sentir.