sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Happy Birthday










Entre as filhas Milene, e Aline, Maria Aparecida exibe seu sorriso de 70 primaveras.

Visitar tia Cecília e tio Nenê no Rio de Janeiro nas férias de dezembro era o momento esperado ao longo do ano. Quando lá chegava, vindo de Venceslau interior de São Paulo onde eu morava, era uma festa, um período de muita curtição.

Nossos parentes tanto do lado paterno como do lado materno eram os mesmos, não dava para fugir disso, tudo igual. Nós as Marias, repartíamos com muito carinho a felicidade, a esperança, os ideais, os sonhos, eternizando uma adolescência saudável e bonita.

Relembro esses momentos para falar sobre uma das Marias, que nesse mês de novembro completou 70 anos. A minha prima Maria Aparecida.

Voar entre montanhas, serras e oceano, para dar-lhe um abraço por chegar a essa data com tamanha disposição e energia, foi prazeroso, divino. O local escolhido para a comemoração foi Orlando, onde mora durante o rigoroso inverno de Denver, no Colorado, onde reside nos demais meses do ano. A decisão em ir me juntar à ela nessa data especial foi sem  nenhum preparo antecipado, sem pensar muito rumei para lá. Além da festa do aniversário que compartilhei com toda a família e amigos, assisti e celebrei também Thanksgiving, sonho antigo em saborear o famoso peru no dia de Ação de Graças, adorei.

Passei dias incríveis, na Disney ela e eu, eu e ela, mergulhando no passado e deixando o mundo encantado do Walt Disney tomar conta de nossas fantasias. Viramos crianças. Percorrer o mundo mágico no castelo sombrio do Harry Potter e o esforço do Spider Man para nos garantir proteção, rendeu risos, sustos e gritarias, na Universal Studios.

Vera Maria, outra prima, que mora no Rio de Janeiro, não mediu esforços para celebrar essa data  com ela, embora seus 76 anos já pesasse na bagagem.

Conheci Sanford uma cidadezinha portuária muito interessante, parecia cenográfica, fiquei encantada, e tirei muuuuuuitas fotos.

Geeeente!!!!! embrenhei na loja Ross que só saí laçada de lá, "tudibom", comprei...comprei... comprei.... No outlet em Orlando quase surtei.

Foi muito bom rever a família, todos me acolheram com muito carinho. Fiquei feliz em constatar que o esforço, a garra, o trabalho, garantiram a eles uma vida de conforto, tranquilidade econômica-financeira-profissional-emocional, elogiável, parabéns. Certa de que a felicidade está nesses momentos de descontração e amizade,  agradeço a todos que me proporcionaram dias inesquecíveis. OBRIGADO

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Conflitos - REPETECO


















A harmonia entre as relações humanas deveria ser simples, normal, mas... isso é algo que só acontece após anos sovados pela vida, de perdas mútuas e sofrimentos.
A vida nos apresenta várias histórias de conflitos familiares, de ciúme, traição, desamor, escolhas erradas.
No casamento, um jovem casal, além de buscar a própria identidade e adaptação conjugal, precisa comungar com as novas famílias com educação, costumes e formações diferentes para garantir um aval de bom viver. É sempre bastante difícil e é necessário um exercício de paciência e tolerância. Entretanto nem todos possuem discernimento e compreensão, e os conflitos descem como uma avalanche durante  anos.
Aprendizagem

Os conflitos se apresentam na maioria das vezes por ciúmes, e se alastram até ao ódio. Situações que poderiam ser evitadas com diálogos sinceros conduzindo para um entendimento favorável. Outra técnica eficiente é isolar-se, tornar-se neutros em algumas questões até os ânimos se aquietarem, dessa forma a oportunidade de respeito acontece, mesmo que a demora seja longa.
Consolo

Conflitos de separação, ahhh!!!!!! são eternos e dolorosos e resultam em problemas familiares indissolúveis.

Parabenizo o casal que embora entrelaçado nesses conflitos com complicações sérias, pesam os benefícios sentimentais e financeiros acumulados em todos os anos de convivência, os valores familiares em questão, e caminham na direção de uma reconciliação.
Sabedoria.

Conflitos entre pai e filho, existem mais do que gostaríamos, e mais do que estamos dispostos a enfrentar. A crise corroe a razão, dando lugar à sucessão de episódios lastimosos, perigosos e degradantes. Castiga de forma brutal os envolvidos e familiares próximos.
Medo.

Essas e outras questões de alto grau de conflitos são vividas aqui, alí e acolá, por ricos e pobres, religiosos e ateus, vermelho, preto e amarelo.

Simplificar para quê, se o barato é complicar, contudo com a idade espera-se o amadurecimento, o equilíbrio, a razão. Feliz daquele que entende isso, e desenvolve um sentimento de conciliação e respeito.

Salve!!!!!!!





sábado, 15 de outubro de 2011

REPETECO - A leveza dos passos marcados





Aproveitando a era do PAN


Chegou o grande dia, tínhamos que estar na estação no horário do "Ouro Verde". Partiria pontualmente às 10h, e Presidente Prudente era o nosso destino.

A alegria era geral, e os JOGOS ABERTOS do interior o grande motivo.

O trem chegou, nossos pais com mil recomendações aos professores, nos deixaram partir.O pouco tempo que passamos nessa viagem foi suficiente para boas algazarras, uma inesquecivel curtição. A galera do ginásio, meu irmão Antonio Carlos e minha prima inseparável Regina Célia.

Chegamos. Um mar de estudantes tomou conta da estação, outras delegações de cidades vizinhas estavam também naquele trem.

Quase surtamos os donos de um bar, estavamos com fome e queríamos ser atendidos ao mesmo tempo. Com o lanche nas mãos sentamos todos enfileirados na sarjeta, ficou compriiiiiido...Seu Miltom e dona Hélia pouco podiam fazer, a não ser colaborar com a nossa alegria. Seguimos pela avenida principal até o Colégio São Paulo. O alojamento feminino era um imenso salão com colchões militares (hoje colchonetes) esparramados e o masculino ficava ao lado, em outro pavilhão.

A nossa apresentação com ginástica rítmica feminino e masculino seria logo na abertura dos jogos, mas estávamos tranquilos, bem preparados. Em anos anteriores já havíamos apresentado com bastão, arco ( bambolê) e fitas, eramos feras nessas modalidades.

Foi lindo, tudo bem compassado (quatro face, dezesseis tempos em cada face) e lá estávamos cumprindo nossa missão de atletas, depois os meninos dando um show (ginástica rítmica e ginática de solo) de pura beleza. Sinto a emoção até hoje quando fecho os olhos e me vejo naquela quadra.

Antonio Carlos e ...sabe AQUEEEELE das balas chita, jogavam vôlei e basquete muito bem, eram bons "por demais", eu não perdia um jogo sequer, o meu gato era o "must". Porém eu... até jogava, fazia parte do time, sempre reserva( cerquinha rsrsr) os meus um metro e poucos era um problema muito sério.

Durante o dia, almoço/banho/jantar, ficávamos na casa de alunas do colégio, e a noite no alojamento . Uma dessas noites teve um baile na cidade, orquestra de "Nelson de Tupã"
( se não me falha a memória) , mas D.Hélia foi irredutível, não e pronto, fomos dormir. Porém os meninos assim que o Seu Miltom pegou no sono..., pé ante pé, fizeram uma corda com lençois, desceram tres andares e não ficou um para contar a história, escaparam todos.

Ah!ah!...se pudéssemos pegar D.Hélia!!!!

Anos dourados!!!?? Quem disse... sabia das coisas.


Essa foto foi tirada por meu pai, em uma das apresentações em Venceslau.

sábado, 1 de outubro de 2011

Retalhos

















Se colocarmos os pensamentos na direção cronológica da vida, podemos observar que ela, a nossa vida, é um amontoados de retalhos.

Na infância compartilhei com pessoas queridas, amigos, parentes, vizinhos, que a diversão das brincadeiras do dia a dia, permitia uma felicidade extrema. Brincadeiras jamais esquecidas. Com o tempo foram surgindo novos amigos, de escola, de trabalho, de passeios, de amores, que desapareceram bruscamente, da mesma forma que chegaram.

Aos 67 anos, recolhendo os retalhos e formando com ele um mosaico das relações humanas vividas ao longo dessa estrada, observo que é gigantesco a beleza desse trabalho. Meus caminhos se cruzaram, graças a Deus, com pessoas generosas e humanitária, que me proporcionaram momentos de felicidades, que souberam conduzir e me guiar emocionalmente quando precisei, pessoas que serão eternamente valorizadas e citadas nas minhas orações. As alegrias com os filhos, família, e com essas pessoas especiais, formaram uma blindagem em meu coração que foram suficientes para superar os parcos conflitos vividos com criaturas que tentaram me prejudicar, desestabilizar.

Fui e sou feliz e sempre soube disso.


sábado, 10 de setembro de 2011

REPETECO - Meu 1º soutien



















(Infelizmene não tenho a foto do meu 1º soutien)


Lembram da história do 1º soutien da Valiséere, que deu notoriedade à Patrícia Luchessi ??? Pois bem, eu também tenho a minha história, e vou contar aqui.

Eram seis horas da tarde e a Miriam, amiga de sempre, chegou em minha casa e disse:

_ Maria Helena...amanhã na aula de educação física todas as meninas vão estar de soutien. Precisamos sair para comprar o seu agora correndo, porque as lojas já estão fechando.

_Mamãe a senhora escutou o que a Miriam falou???? Eu tenho que comprar um soutien agora, senão só eu vou estar negativo.

_Negativo???? O que é isso????? falou minha mãe, sem entender nada.

_Ora...bolas...quem não sabe o que é negativo???? As meninas vão puxar o elástico nas costas, e se não encontrar é negatico, se encontrar é positivo.

_ Voces tem cada uma????? Vão comprar então.

Aflitas e certas de que não teríamos grandes chances de encontrar alguma loja aberta, r0damos Venceslau inteira e nada. A loja da Esmeralda era a nossa última esperança, e lá chegando esbaforidas (palavras da minha mãe) já estava fechando.

_Dona Esmeraaaallllda!!!!!! gritei, depois... bem baixinho, quase sussurrando falei :

_Preciso comprar um soutien, quebra esse galho (gíria da época), é para a aula de educação física. Com um olhar de reprovação e um sorriso das profundezas do inferno, sem nos dar a mínima atenção continuou a cerrar as portas da loja.

_ Creeeeedoooo!!!!!!!!!! Minha mãe não compra mais aqui nessa espelunca.

_ Danada!!!!!! #$%&*@"*+

Voltamos para casa sem saber exatamente o que fazer. A única opção era faltar a aula, o que não me agradava. A aula de educação física era imperdível, estavamos ensaiando para a demonstração rítmica que iriamos apresentar em Presidente Prudente, na abertura dos jogos abertos do interior. Chorei muito mas não havia outra alternativa.

Fui dormir.

No dia seguinte minha mãe me acordou cedo. E eu certa de que não iria à aula falei:
_Eu não vou hoje, não comprei o soutien!!!!!!!!!????????
Ela, continuou a me chacoalhar e disse:
_Tem uma surpresa para voce na sala.

Arregalei os olhos, mas ainda adormecida, levantei.
_ Estendido com cuidado, arrumado e passado a ferro sobre uma cadeira estava meu uniforme e meu tênis, como de costume fazia, sobre o uniforme estava o presente, MEU SOUTIEN.
Lindo, engomadinho, personalizado de cambraia de linho perolado, bordado com ponto paris, passafita branço entremeando fita de seda azul e lacinhos nas extremidades, perfeito. Sem dormir, minha mãe que não era costureira, fez um soutien mais lindo do mundo.

Saí toda feliz. O meu entusiamo e alegria era tanto que eu levitava, estava literalmente nas nuvens.

_ Positiiiiiiiiivo!!!!!!!!!!!!!!!!

Mamãe, mais uma vez obrigado, pela dedicação, carinho, um amor enorme, amor de ser MÃE.

Escrevi esse post em homanagem a Miriam e a minha mãe, as duas falecidas.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Compatibilidade de amor















Trinta e oito anos depois...esse bebê salvou a vida dessa gatinha.


Foi um choque para a família quando minha filha teve conhecimento da necessidade de um transplante de rim. Fomos pegos de surpresa e pouco tempo tivemos para pensar e chorar, dada a necessidade e a urgência do fato. Atordoados e amendrontados iniciamos os exames. O único, entre meu marido, meu filho Rogério e eu, a possuir o mesmo sangue O+ foi o Ricardo, que mandou via internet à ela o resultado do seu exame como presente.

A noticia de que um dos irmãos poderia ser o doador, foi para mim uma mistura de sentimentos, se de um lado iríamos evitar a sofrida lista de espera por um rim, lista esta de longa duração, do outro, era mais um filho que iria para a mesa de operação. Entretanto era a vida dela que corria risco, não podíamos parar para pensar. Foram meses de angústia e sofrimento.

Entre o Ricardo e a Vivinha, meu filho caçula e minha filha mais velha, existe um elo de amor muito forte desde sempre. Assim com todo esse amor, ele que fugia de uma simples injeção, iria com absoluta coragem submeter a uma cirurgia tão séria. Entretato segundo os médicos a compatibilidade entre eles era de apenas 25%, o que nos deixou apavorados, mas assim mesmos os exames continuaram, por falta de um outro doador. Mas... a certeza de uma compatibilidade de amor entre eles me dava garantias e esperanças, de que tudo ia correr bem.

Começou então a partir de novembro de 2010 uma maratona mensal ao hospital do Rim em São Paulo até o dia 28/06 data para a cirurgia.

Nesse dia, chegada a hora, fiquei à mercê de Deus e Nossa Senhora. Foram momentos de muito medo com o coração aos pedaços, somente a fé, me deu energia para aguentar. O dia foi incrivelmente longo as horas não passavam, a aflição era enorme com a falta de informações.A noite quando eu os ví sãos e salvos na sala de recuperação, foi um momento único, um sentimento de graça alcançada, de gratidão por todos que se uniram à nossa dor e rezaram conosco.

A recuperação do Ricardo foi rápida e perfeita, ainda sente dor mas já acostumou com ela.Contaram que antes da cirurgia deitados lado a lado, deram as mãos e viram um outro casal mãe e filho também de mãos dadas, aguardando o momento da cirurgia. Momento de emoção carregado de medo.

Passados alguns dias houve uma complicação e a Vivinha precisou voltar a operar para corrigir uma fístula urinária, sabe lá Deus o que que isso significa, mas cá com meus botões acredito em um deslize médico durante a cirurgia do transplante. Novamente a fé e a graça espiritual estiveram presente e tudo foi resolvido com perfeição, agora ela já está em casa, na verdade no apartamento do Ricardo em São Paulo, apesar de recente essa nova intervenção cirúrgica, ela está sem dor e muito bem. Passou... tudo foi de acordo com a vontade de Deus. Estamos felizes e agradecidos.
O Ricardo salvou a vida da Vivinha, é com muita emoção e orgulho que dedico esse "post" a ele.

sábado, 18 de junho de 2011

QUERIDAS

(Vamos ler de novo????? )


Existem várias formas de amor.



Hoje vou citar apenas uma, o amor incondicional. Aquele que é doado sem cobranças, sem a espera de um retorno.
Tive o privilégio de conviver com duas pessoas assim, que se doaram em favor da minha vida, e é para elas este post.
Tia Lourdes e Tia Candoca, reservo aqui, esta página para homenageá-las.

Falar sobre voces precisaria de muito espaço, e todo, seria pouco. Desconheço no mundo alguém que pudesse amar com tanta intensidade. Um amor verdadeiro, da alma, sem limites, sem medidas, que jamais será imitado.

Sinto-me honrada e agradecida em saber que fui, assim como a minha mãe, meus irmãos, e os meus filhos, o sentido de suas vidas, e isso me enche de orgulho e satisfação. Creio que devem estar desfrutando, por merecimento, da conduta digna e generosa que semearam por aqui.

Tia Lourdes ao me lembrar de suas mãos de fada, não só da costureira maravilhosa, mas um exemplo de mulher que desatava todos os nós das dificuldades. Era mágico.
Como nos contos de fada, voce minha tia, me proporcionou um dia de princesa, inesquecível que contarei aqui em outra oportunidade. Estava sempre lá, nos momentos de alegrias e dor, oferecendo uma dedicação impar, única, excepcional.

Tia Candoca, minha comadre... partiu muito cedo. Porém, deixou uma obra de dedicação e trabalho que está marcada, registrada. A nossa cumplicidade era completa. O que me conforta, é saber que o melhor presente que a senhora recebeu ao longo de sua vida, foi dado por mim, o batismo do Rogério. Recebeu-o como uma missão e desempenhou como ninguém o ato de ser madrinha.

Obrigado minhas tias, por me ninar quando eu ainda desconhecia a vida, por me confortar quando eu estava triste, por me socorrer quando eu me sentia perdida, por me amar com o sentimento da alma.

Aceitem esta sincera gratidão e respeito, de quem as amou da mesma forma.

Obrigado.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Da fantasia à realidade


































Já registrei aqui a minha viagem à Paris, mas quando relembro daqueles momentos mágicos preciso repassar para os meus amigos.


Um dia desses meu marido estava se deliciando com um musical orquestrado por André Rieu, a valsa do Imperador . Quando olhei de loslaio para o computador (youtube) gritei : Eu conheço esse salão maravilhoso, é o salão dos espelhos do Palácio de Versailles. Estava certa, era. Naquele momento me transportei, vaguei por todo o palácio, toda aquela emoção e encantamento se fez presente novamente, e eu me sentí privilegiada por ter visto in loco toda a beleza da arquitetura, sofisticação, glamour, elegancia e o requinte da história francesa.


Dias depois no canal AXN, assisti Maria Antonieta, com Kirsten Dunst. O filme deixa a desejar na construção dos personagens principais sem expressão e vazios. Faltou história, faltou liga da artista com o personagem, sei lá. O figurino e a trilha sonora bons, mas o que me deixou presa à telinha foi rever o palácio de Versailles, a sala dos espelhos, dos cristais, o quarto dela, a pintura no teto, os jardins deslumbrantes o luxo, a classe , o charme, a sofisticação dos ambientes, já contados e recontados.


Gosto também de assistir o telecine cult para rever as preciosidades do cinema que para mim nem tão antigo são, rsrsrsr. Como presente assisti o filme Cinderela em Paris, com Fred Astaire e Audrey Herpurn. É uma comédia romântica deliciosa e sofisticada, bem light, que já valeria pela dupla central. Fred Astaire simplesmente magnifico, brilhante! Essa cidade possue um encanto próprio, uma magia que envolve emoções, beleza, história, luz própria. Ricardo meu filho, e eu, conferimos toda esse brilho em abril de 2010.


Fiquei arrepiada e emocionada ao vê-los dançar, em lugares por onde passei, "merveilleux", lindos, que na ocasião da minha visita fotografei para eternizá-los na minha memória.

domingo, 8 de maio de 2011

FASES

















Essa foto foi tirada em Buenos Aires/abril/2011

Quando a velhice chega com toda a sua força, ventanias e nevascas, nos faz virar do avesso e desembarcar nas lembranças. Assim, de volta ao passado caminhando passo a passo pelas fases da vida, encontramos as resposta para a mais simples dúvida que tenha ficado no meio do caminho. O tempo que faz girar a infância, adolescência, adulta e velhice tem intensidades variadas, e eu passei e passo, saboreando uma a uma.

Infância: o imaginário infantil vai além das fadas, dos duendes, dos chapeuzinhos vermelho. Nesse universo de fantasias, somos mães, professoras, aeromoças, artistas, personagens que povoam uma cabecinha repleta de criatividade. O cotidiano transborda alegrias, suor e felicidades com garra de quem tem uma vida inteira pela frente. As brincadeiras são intermináveis, uma plantação de mandioca vira uma verdadeira selva nativa, e base para uma gostosa guerra de mamona. Panelinhas com sementes colhidas da Santa Bárbara, árvore alta e frondosa, forma o arroz e o feijão da comadre. Os dias passam compriiiido, devagarinho, os anos uma eternidade, uma década representa uma vida inteira.

Juventude: A adolescência e a juventude passam por um período de indecisão, um bombardeio de situações adversas, revelam mudanças físicas e psíquicas. Entretanto não é um período só de turbulência, é também a fase que afloram os potenciais da paixão, do amor, da esperança, e despertam a busca pela sua própria identidade. O dia é curto para os sonhos e devaneios. Estes são representados como nos romances e ilusões, navegam como nos belos livros de amor. Nessa fase contraditória ganham energias, disposições para festas, torneios, competições, esportes em geral, radicais ou não, artes, enfim... uma correnteza de emoções, um desejo de liberdade profundo. O segredo é focar o caminho, vencer todos os desafios e obstáculos impostos com coragem dedicação e perseverança.

Adulto: Fase em que as escolhas devem ser definidas, definitivas e completas, escolhas estas que deverão nortear toda uma vida, sejam elas corretas ou não. O tempo é implacável, corre como o vento. Na profissão, há a necessidade da escolha ser precisa, para não causar um dano irreparável no futuro. No casamento o certo pode ser incerto, e o incerto pode ser o certo, um enigma sem pistas. Filhos...ahhh!!!!! é o grande sabor dessa fase, nos proporcionam satisfação pessoal, felicidades e muito amor, mas...crescem tão rapidamente que quando abrimos os olhos, cerrados pela sonho da maternidade, já são adultos também.

A velhice chega, filosofando o passado, prepotente dos conhecimentos alcançados, mas... sem o poder de corrigir ou apagar os erros ao longo da rota percorrida. O prazer da liberdade de expressão, de acúmulo de experiências, a independência, a vivência são os principais bens adquirido. As marcas do tempo revelam a beleza natural da vida, maturidade. É a fase mais cheias de controvérsias, ora nos dá a garantia de missão cumprida, ora nos dá a certeza de que poderíamos ter feito melhor, ora nos dá uma falsa convicção de que ainda há todo o tempo do mundo, voltando ao princípio, fechando o círculo da vida.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Sangue azul




Ballard era meu bisavô materno. Nasceu Edward Leander Ballard, inglês sofisticado, veio para o Brasil sabe lá pooorquêêê!!!! Conta-se que era aventureiro, desses espíritos inquietos que largam tudo e se embrenham no mundo, cá para nós devia ser a ovelha negra da família.
Casou-se no Brasil e teve 7 filhas, e um filho, ( ao contrário de minha mãe que teve 7 filhos e somente uma filha, eu) uma delas a minha avó, que não conheci. Conhecí apenas a mais nova já bastante velhinha, porem lúcida, brava, autoritária. Tia Alzira branca como o leite tinha os olhos maravilhosamente azuis. Dela ouvíamos a bela história do meu bisavô desenrolar como nos romances. Batia nos braços erguidos e dizia solenemente " Aqui corre sangue azul". Eu ainda criança ficava curiosa, queria ter certeza daquele sangue azul, mas...mas o sangue não era vermelho???? Bem, enfim... nada explicado, nada que eu pudesse entender. Minhas tias e minha mãe também rezavam nessa cartilha, todas diziam, temos sangue azul.

Desde os mais remotos tempos, as gerações de nossa família, cientes de que havia uma herança na Inglaterra para os filhos e netos de Edward Leander Ballard, mobilizavam-se para resgatar esses bens. Ao mexer e remexer nesse assunto morria um herdeiro direto, parava tudo. Voltava a remexer, morria outro, a última tentativa foi a minha geração. Um primo foi à Inglaterra à propósito para a questão, e nos trouxe testamento e um legado que comprovava a veracidade da história, nesse época, morreu o meu tio e padrinho, pessoa queridíssima por todos, diante disso, a família encerrou completamente a questão herança, e nunca mais se falou em Inglaterra, em sangue inglês. Finish (Zé finiiii)

Uma verdadeira maldição inglesa.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Reencontros





Formatura






































Aniversário da Leila 2010








































Passados longos cinco anos da nossa luta diante das pranchetas, dos requintados projetos comerciais e residencias, das inesqueciveis e emocionantes aulas de história da arte, exigências do perfeccionista professor de desenho arquitetônico, das espevitadas e descontraídas aulas de cores e tecidos, interessante história do mobiliário, iluminação e paisagismo, formados na Arquitec, reconhecida escola de arte e design, a minha turma se reune no aniversário da Leila na padaria e confeitaria Romana, no bairro Cambui em Campinas, todos os anos em outubro.

Reencontrar as meninas para colocar a conversa em dia, é nutrir a tarde de felicidade, é garantir diversão. Degustamos e apreciamos as delícias da padaria, rimos a valer dos prazeres apimentados das fofocas, lembramos das nossas aulas, dos professores, e a alegria rola legal.
Sou a mãe de todas, mas tratada como se a mesma idade tivéssemos, é legal porque conheço muito bem a geração delas, uma vez que meus filhos possuem a mesma idade.
Gosto de participar dessas reuniões e pertencer a esse grupo especial e democrático.

Valeu meninas, até outubro de 2011. Bjs.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

MEDO

















O ano de 2010 começou muito bem para a minha família.

Minha filha e meu filho mais novo se estabilizaram profissionalmente, e garantiram um ano com sucesso. O meu outro filho se estabilizou emocionalmente e seguiu sem problemas.

Meu neto apaixonou-se e apresentou oficialmente a sua namorada à família.

Em meados de abril consegui realizar um sonho eterno e conheci Paris, a minha grande paixão.

Em outubro com dois irmãos e família, meu marido e eu, fomos conhecer Buenos Aires, e no Sr.Tango ele pode realizar seu sonho de ver in loco o tango argentino, e mais... representá-lo em foto no Caminito.

Bem...a felicidade rolava solta, tudo parecia perfeito, e estava. Entretanto um medo me perseguia, mas...medo do que??????? Nada poderia abalar a perfeiçao familiar, os projetos de lazer, de viagens, de futuro. Mas... ao chegarmos de Buenos Aires, a confirmação de problemas sérios de saúde da minha filha, e do meu irmão mais velho, nos tirou o chão. Em dezembro no dia de natal, meu querido irmão nos deixou para sempre, e minha filha em tratamento, aguarda um transplante de rim.

Aquele medo era real e soou todo o tempo como uma alerta. Embora, certa de que esses casos ocorrem sem avisar, e não tem data marcada, viver uma fase boa entremeada com um medo constante, foi desgastante. Diante dessas circunstância, lembranças felizes da minha infância, dos meus pais, dos paparicos das minhs tias, casamento, filhos pequenos, filhos adolescentes, da felicidades que brotava sem medo, vieram a minha mente como um avalanche de emoções de um doce passado. Ohhh!!!!! God!!!!!!! Quero minha alegria de volta.
Na esperança de dias melhores, na paz e conforto das vítimas dessa tragédia gigantesca que assolou o país, que essas catástrofes de janeiro não sigam mais uma rotina de início de ano, rogo a Deus para que 2011 seja um ano bem aventurado,
Sem MÊDO.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Carta de adeus











Jose Carlos,
Antonio Carlos,
Eu
Luiz Fernando











Branca de Neve
e os sete anões




















Estou abraçadinha com ele, da direita: Mario Jorge, João Luiz, Luiz Fernando, Antonio Carlos e Paulo Roberto, ausente Francisco Gabriel. Reveillon 2009







Abraçadinha com ele,
aniversário dele 2008






Meu querido
Esteja onde estiver receba essa carta que escrevo com muito amor.
Voce foi especial em nossas vidas, presenteou a nossa família com seu amor, carinho, alegrias e sempre muita dedicação.

Falar sobre vc, contar sobre nossas farras da infância e juventude já o fiz em outros textos aqui mesmo nesse blog. Todavia posso garantir que foi pouco, porque com toda a sua energia, determinação, coragem, ousadia de abraçar a vida com paixão, foi um vencedor, fez do impossível o possível na caminhada da vida.

Nessa trajetória foi feliz, viveu rodeado da família e amigos. Viveu dois casamentos, diferentes mas...verdadeiros e foi coroado nos dois. Os filhos, de sangue ou não estavam lá, chorando copiosamente o adeus.

Nossos pais deixaram um legado de união entre nós (a união da Branca de Neve e os sete anões) que se fortaleceu ao longo da vida. O amor e o respeito que sempre senti por vc é grande demais.
José Carlos, meu irmão querido, nós o perdemos nosso mestre, o vazio que deixou jamais será preenchido, a falta que faz é tão grande que meu coração chega a doer. Voce...com seu carisma e charme deixa uma legião de pessoas mutiladas na dor. Contudo sei que agora sem as fortes dores e transbordando alegria, está sendo festejado e celebrado por nossa família que tb já nos deixou.

As lembranças serão fortalecidas a cada dia, e as saudades...ahhhh!!!!!!!!! serão eternas.
Beijos, muitos beijos meu irmão, para sempre.
Da sua única irmã
Maria Helena