domingo, 7 de setembro de 2008

Virar a página














As histórias da nossa vida, vão finalizando como se estivéssemos, viranda as páginas de um livro. A sensação é esta mesmo, de término de um ciclo. ALGUÉM, vira esta página por nós.

Na infância e juventude, lá pelas bandas de Venceslau, tive uma amiga muito querida e inseparável, que faleceu abruptamente, sem deixar recados.

Miriam era uma menina , cheia de saúde e vivacidade. Juntas, brincávamos de boneca, casinha, cirquinho, de subir nas árvores de sua casa, no quintal da minha avó, que era um verdadeiro paraíso, e de salvação com a garotada da rua.

Ainda criança, todos os anos, no dia do seu aniversário, de pé, plantada em frente ao portão da sua casa, não permitia a entrada de ninguem sem presentes. Uma atitude estranha, excêntrica condenável, se não fosse ela... a Miriam. Era até engraçado, e essa história foi contada e recontada por todos na cidade, para contrangimento dela, no auge de sua adolescência.

Fomos colegas, cúmplices, comparsas, companheiras, amigas de verdade. A sua partida para todo o sempre, me deixa muito triste e um vazio imenso. Mesmo que tenhamos sido separadas pela vida por um longo tempo, revela, o lugar permanente ocupado por ela no meu coração.

Virou-se uma página, mas a história vive nos meus pensamentos, como o desnenrolar de um filme.
Que Deus a abençõe e acompanhe, minha amiga
Adeus Miriam.

8 comentários:

Rosamaria disse...

Sinto muito, Maria Helena!

Eu também perdi uma amiga de infância e só fiquei sabendo de sua morte quase um ano depois do acontecido. Há pouco tempo foi outra.
Não gosto nem de pensar, mas já estou mais pra lá do que pra cá, então vamos aproveitar o que resta.
Bjim.

Maria Helena disse...

Rosamaria,
É verdade...tb não gosto de pensar.
O melhor a fazer é aproveitar, e aproveitar bem, o que a vida está nos oferecendo.
Sinto muito, pelas suas perdas, é muito triste.
Bjs

J.F. disse...

Oi, Maria Helena.
Essas amizades são como as de irmãos. Não é a distância do tempo ou do espaço que nos fazem esquecer essas pessoas especiais. Realmente, uma perda irreparável. Sinto muito.
Abração.

Maria Helena disse...

jf
Amizades verdadeiras,especiais, vai deixar muitas saudades.
Obrigado, pelo apoio.
Abraços.

jayme disse...

Maria Helena, adorei, o livro é uma ótima metáfora da vida. Mesmo porque nos coloca ante a opção de procurar saber o que vem na próxima página ou voltar sempre ao índice. Sorver cada nova página, até a contracapa, é o que nos faz viver com alegria e encarar bem a perspectiva da estante. Beijo!

Maria Helena disse...

Jayme,
É... O livro da vida. Viver é sem dúvida um aprendizado constante. Para nos fazer compreender, e aceitar as grandes perdas.
É triste dizer adeus, para alguem especial.
Bjs

Rosamaria disse...

Oi, dona desaparecida, como vais?
Deixa de preguiça e põe em dia teu blog. Estamos com saudade.
Bjim.

Maria Helena disse...

Rosamaria,
é verdade, preciso mesmo.
Apesar de aposentada,nós mulheres, mães,avós,somos solicitadas sempre,
de certa forma graças a Deus, é o que nos motiva, o que nos move nessa vida.
Bjs