quinta-feira, 5 de março de 2009

R E P E T E C O - Copacabana

Acho... que vale a pena ler de novo.

Os anos passavam devagar naquela época. Dezembro demoraaaava a chegar.

Venceslau me perdia pelos meses das férias escolares, e o Rio descortinava à minha frente como um cenário apoteótico.

Copacabana me recebia por alguns 15 dias, apartamento da minha madrinha Mirthes, e a Ilha do Governador o restante do período, na casa das minhas tias Lourdes e Candoca.

Admirava aquela cidade liiinda, os letreiros luminosos, as lâmpadinhas correndo uma atrás das outras, muuuita tecnologia. As carrocinhas de kibon, o chicabon (como sentia falta dele na minha cidade) , as amendoeiras, as calçadas famosas por seus desenhos, a praia!!!!! ah!!! a praia, eram símbolos de uma cidade acolhedora nos anos 50/60.

Dindinha, Kátia tão pequenininha e linda, e eu, munidas de baldinho, rastelinho, guarda sol, e outros apetrechos, saíamos da Pompeo Loureiro, direto para o posto 6. Era uma aventura.
Lembro-me bem, ainda com meus 12 anos, deixava minha madrinha aos gritos , porque sabendo nadar queria desbravar o oceano.

Ela me enchia de mimos, fazia comidas deliciosas. Passeávamos todas as tardes na Avenida Atlântica, Barata Ribeiro, aquela brisa deliciosa batia no rosto misturando frescor e felicidade. A escada rolante das Lojas Americanas, que eu subia e descia quantas vezes minhas perninhas aguentavam, e o lanche de cachorro quente, eram um parque de diversões.

A cidade enfeitada para as festas era tão deslumbrante, irreal, quase um sonho. Sonho realizado todos os anos, mas sempre como se fôra a 1ª vez. Cidade maravilhosa.
As lembranças do passado são tão fortes e nítidas, que o presente não consegue apagar

Copacabana... princesinha do mar!!!!!!!!


18 comentários:

Lord Broken Pottery disse...

Maria Helena,
Senti uma saudade quase doída. "Princesinha do Mar". Em 1965 morei um ano em Copacabana, com meus pais, é lógico. Saía da rua Toneleiros para a cass da minha tia na República do Peru. Era bom sentir aquele cheiro que vinha do mar, aquela cidade alegre, agitada. Falar em amendoeiras então foi covardia, ainda vejo as folhas no chão. E chicabon...
Beijo

Unknown disse...

Maria Helena

Quando leio o que os outros escrevem sobre o passado vem mil coisas na minha cabeça, lembranças boas. Mas, definitivamente, não tenho o dom de por no papel!

Houve uma época que íamos ao Rio todos os anos. Ouvíamos falar em violência, mas não como agora, que dá medo!

Adoro o que escreves!

Bjs.

Vivien Morgato : disse...

Adoro essa história.;0)

Maria Helena disse...

Lord,
Saudade, bela palavra, expressa tão bem esse sentimento,que nos transporta, que nos faz reviver momentos especiais em nossas vidas.
É muito bom poder recordar esses momentos.
A minha madrinha morava na rua Pompeo Loureiro (acho que é assim),
pertinho de tudo.Um paraiso.
Ela era (hoje falecida) divertida, alegre e estabanada(um charme de sua personalidade). Fui feliz ao seu lado.
Bjs

Maria Helena disse...

Rosamaria,
Sempre gentil, obrigado.
É bom poder registrar momentos especiais vividos tão intensamentes
Bjs

Maria Helena disse...

Vivinha,
A Dindinha,era um ser à parte,né??!
Bjs

Rosamaria disse...

Parabéns pelo dia do professor, Maria Helena!
Imagino que a Vivien tenha saido à ti com toda aquela competência!

Bjs.

Maria Helena disse...

Rosamaria,
Obrigado,é bom ser lembrada nesse dia.
Uma amiga da Vivinha, que foi minha aluna, fez essa comparação, e eu me sentí muito honrada.
Ela assim como eu, nos dedicamos intensamente à profissão.
Aposentei na administração de uma escola técnica, mas a sala de aula sempre foi o meu fascínio.
Bjs

Thelma disse...

Genial, guria!

Maria Helena disse...

Thelma,
Origado querida.
Bjs

J.F. disse...

Oi, Maria Helena.
Já estou de volta.
Morei no Rio entre 54 e 58, no Botafogo. Que lembranças lindas tenho dessa cidade, a mais linda do mundo. Escada rolante? Eu frequentava a da Sears, ali na Praia de Botafogo.
Só uma coisa: o meu "F" é de Francisco. Minha filha Luciana (...eeepa) é que é Farias, por casamento. hehehehehe
Abração.

Maria Helena disse...

J.F.
Que bom que está de volta,fez falta.
É sempre bom lembrar do Rio.
Éramos 5 X 5, cinco cariocas e cinco paulistas. Meu pai era paulista, minha mãe carioca, e os oitos filhos 4 paulistas e 4 cariocas. Hhahahaha...eram brigas boas prá valer.
Abração

Rosamaria disse...

É bom editarmos alguns posts antigos. Eu já fiz isso. Ainda mais para matar as saudades.
Bjim.

Ana disse...

Delícia!!
Amei todas as tuas lembranças! Tantos detalhes ficaram marcados, como tudo o que é bom deveria ficar!!

Maria Helena disse...

Rosamaria
Lembranças...elas vem tão nítidas, que a gente chega a sentir o cheiro dos lugares, dos momentos alegres passados.
Bjs

Maria Helena disse...

Ana,
Fui feliz...e sabia. A minha infância e juventude foram repletos de felicidades. Meus pais sabiamente souberam me conduzir com liberdade, dignidade, carinho, e muito amor.
Bjs

Carol disse...

Existe lembrança melhor do que férias de infância? Acho que não...
Ainda mais em Copacabana... nao conheço o Rio, e confesso que sinto um pouquinho de medo de visitar a Cidade Maravilhosa diante de tudo que se ouve falar dela... mas ainda tomo coragem e descubro por que a apelidaram assim.

bjos.

Maria Helena disse...

Carolina
O Rio de Janeiro é realmente uma cidade maravilhosa, o apelido é verdadeiro.
A violência atualmente está em qualquer lugar, até no portão de sua casa, ou melhor dentro de sua casa. O tráfico é o grande responsável pela violência lá, em outros lugares, até em pequenas cidades, a violência fica por conta da pedofilia, ou seja dentro das próprias casas.
Bjs